A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) do Brasil informou nesta sexta-feira que o leilão da tecnologia 5G, a nova geração da internet móvel, arrecadou 46,79 bilhões de reais (US$ 8,48 bilhões), com 11 empresas vencedoras nas diferentes bandas de frequência oferecidas pelo governo.

O leilão começou na quinta-feira com a oferta de lotes das bandas de 700 MHz, 2,3 GHz e 3,5 GHz e terminou nesta sexta-feira com os lotes da banda de 26GHz.

O valor final foi ligeiramente inferior aos 49,7 bilhões de reais (US$ 8,83 bilhões) previstos inicialmente pela Anatel.

Do valor movimentado pelo leilão, 7,4 bilhões de reais são de outorga, mas não necessariamente todo esse valor vai para o caixa do governo. Isso porque o edital prevê que parte do ágio, ou seja, do valor pago pelas vencedoras acima do preço mínimo de cada lote será transformado em novos compromissos de investimento.

Segundo o governo, as frequências de 3,5GHz e 26GHz serão utilizadas exclusivamente para o 5G, enquanto as bandas de 700 MHz e 2,3 GHz, também compatíveis com a nova tecnologia de internet, móvel serão utilizadas inicialmente para expandir o 4G por todo o país.

O prazo de autorização para a exploração das faixas de frequência é de até 20 anos.

No total, 11 das 15 empresas credenciadas a participarem do leilão levaram algum lote, cinco das quais já possuem autorização para prestar serviço móvel pessoal: Claro, TIM, Telefônica (proprietária de Vivo), Algar Telecom e Sercomtel.

As demais - Winity (Fundo Patria), Cloud2U, Consorcio 5G Sul (Copel Telecom e Unifique), Brisanet; Neko (Surf Telecom) e eFlyLink - são consideradas recém chegadas ao mercado, porque até agora não tinham autorização para prestar o serviço móvel.

A banda de 3,5 GHz, a mais utilizada no mundo por oferecer internet de quinta geração diretamente ao consumidor final, ficou nas mãos da Claro, Vivo e Tim, as três principais operadoras do país sul-americano, que arremataram um lote cada uma. Um quarto lote não recebeu nenhuma proposta.

O governo espera que o 5G comece a ser oferecido ao público a partir de julho de 2022, inicialmente nas capitais dos estados.

A expectativa é que a nova tecnologia promoverá novos modelos de negócio e favorecerá a inclusão digital no país .

Os investimentos em infraestrutura para o 5G permitirá também a expansão do 4G a localidades que ainda não contam com essa tecnologia, ampliando, assim, a base total de usuários brasileiros.