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Videoconferência de chefes de Estado impulsiona relações sino-americanas

Fonte: Diário do Povo Online    18.11.2021 14h33

Coluna "Zhong Sheng", Diário do Povo

Na manhã de 16 de novembro, o presidente Xi Jinping realizou uma videoconferência com o presidente dos Estados Unidos, Biden, a partir de Beijing. Foto: Xinhua

"A China e os Estados Unidos são dois navios gigantescos percorrendo o mar. Precisamos estabilizar o leme para que os dois navios gigantes avancem ao sabor do vento e das ondas sem guinar, parar ou colidir". Assim afirmou na manhã do dia 16 o presidente Xi Jinping, durante uma videoconferência com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

A primeira videoconferência entre os dois chefes de estado na história das relações bilaterais é um evento importante para os dois países e para o plano internacional. Os dois lados abordaram aprofundadamente questões estratégicas e fundamentais relacionadas ao desenvolvimento das relações sino-americanas, bem como assuntos importantes de interesse comum. Os Chefes de Estado dos dois países destacam a importância das relações sino-americanas, em que ambas se opõem à "nova guerra fria" e acreditam que a China e os Estados Unidos não devem estar em conflito e confronto. O mundo encontra-se em uma encruzilhada histórica, e as relações sino-americanas não são exceção. Em um momento crítico, os dois chefes de Estado controlaram o leme das relações sino-americanas, apontaram a direção e injetaram impulso para o desenvolvimento futuro. Trata-se de uma necessidade em benefício dos povos dos dois países e das expectativas da comunidade internacional.

Para compreender a direção correta do desenvolvimento das relações sino-americanas, devemos não apenas encarar o passado através de um telescópio histórico, mas também sermos capazes de encarar o futuro. Durante a ligação entre os dois chefes de estado na véspera do Ano Novo Chinês, em 11 de fevereiro deste ano, e a segunda ligação entre os dois chefes de Estado em 10 de setembro, o presidente Xi Jinping, respetivamente, falou sobre a história de "mais de meio século desde a 'quebra do gelo' das relações bilaterais em 1971". Nesta videoconferência, o presidente Xi Jinping enfatizou que um dos eventos mais importantes nas relações internacionais nos últimos 50 anos foi o restabelecimento e o desenvolvimento das relações sino-americanas, as quais beneficiaram os dois países e o mundo. Nos próximos 50 anos, o mais importante nas relações internacionais é que China e Estados Unidos encontrem a forma certa de coexistir pacificamente.

A história é justa, e o que um político faz, sejam seus méritos ou deméritos, ficará registrado na história. O presidente Biden disse concordar com a declaração do presidente Xi Jinping de que a história é justa e que a relação entre os Estados Unidos e a China tem de ser adequadamente gerida. O encontro entre os líderes dos dois países demonstra que um sentido de responsabilidade histórica deve ser uma base importante para liderar o desenvolvimento das relações sino-americanas.

O presidente Xi Jinping resumiu a experiência e as lições no desenvolvimento das relações sino-americanas e salientou que, na nova era, a China e os Estados Unidos devem aderir aos três princípios de respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação mutuamente vantajosa. Desde o início deste ano, a China e Estados Unidos interagiram por várias vezes: de Anchorage e Tianjin a Zurique e Roma. A China sempre enfatizou que o respeito mútuo e tratamento igualitário são pré-requisitos importantes para o desenvolvimento saudável e estável das relações China-EUA.

A coexistência pacífica da China e dos Estados Unidos é do interesse comum dos dois países e da comunidade internacional. O não conflito e o não confronto são posturas que ambos os lados devem seguir. A cooperação pode levar a uma situação ganha-ganha, a qual consiste numa exigência inevitável da realidade objetiva da integração profunda dos interesses dos dois países. A Terra é grande o suficiente para acomodar a China e os Estados Unidos para seu próprio desenvolvimento comum. Ambas as partes devem insistir no benefício mútuo e na reciprocidade, e não enveredar por jogos de soma zero.

Para estimular o retorno das relações China-EUA ao caminho certo do desenvolvimento saudável e estável, é preciso ter em atenção as ações das duas partes. O presidente Xi Jinping apontou que a China e os Estados Unidos devem se concentrar em quatro prioridades: assumir a responsabilidade das grandes potências, liderar a comunidade internacional na cooperação para enfrentar os desafios pendentes, gerir diferenças e questões sensíveis de forma construtiva para evitar que as relações sino-americanas descarrilem e fiquem fora de controle e, por último, fortalecer a coordenação e a cooperação nas principais questões internacionais e regionais.

As prioridades nessas quatro áreas são os campos de ação nos quais a China e os Estados Unidos devem se concentrar a fim de cuidar de seus próprios assuntos internos e assumir suas responsabilidades internacionais. Os dois lados tomaram decisões políticas e avançaram nessas áreas, o que trará benefícios tangíveis para os povos da China e dos Estados Unidos e para os povos de todos os países do mundo.

Promover as relações China-EUA para que retornem ao caminho certo do desenvolvimento saudável e estável e respeitar os interesses centrais e principais preocupações de cada um são fatores determinantes para administrar e controlar as divergências.

A questão de Taiwan sempre foi a mais importante e sensível nas relações sino-americanas. No momento, a situação no Estreito de Taiwan está enfrentando uma nova rodada de tensões. A causa dessa situação recai nas autoridades de Taiwan, que tentaram repetidamente "recorrer aos Estados Unidos para buscar a independência", e a algumas personalidades nos Estados Unidos que pretendem "usar Taiwan para controlar a China".

Em resposta a este ato de brincar com fogo, o presidente Xi Jinping apontou claramente que o verdadeiro status quo da questão de Taiwan se resume à existência de apenas uma China no mundo. Taiwan faz parte da China, e o governo da República Popular da China é o único governo legal que representa a China. O presidente Biden reiterou que o governo dos EUA está empenhado em seguir a política consistente e de longo prazo de uma só China, não apoiando a "independência de Taiwan", e espera que o estreito de Taiwan mantenha a paz e a estabilidade.

Os Estados Unidos devem assumir seus compromissos através de ações, opor-se clara e firmemente a quaisquer iniciativas da "independência de Taiwan" e deixar de enviar sinais errôneos às forças da "independência de Taiwan".

Esta videochamada franca, construtiva, e frutífera entre a China e os EUA melhorou o entendimento mútuo entre as duas partes, aumentou as expectativas positivas da comunidade internacional sobre as relações China-EUA e enviou um forte sinal à China, Estados Unidos e ao mundo. Na próxima etapa, os EUA devem trabalhar com a China para se manterem unidos, adotar ações concretas para implementar os consensos alcançado pelos dois chefes de estado, manter o diálogo e a comunicação, fortalecer a cooperação mutuamente benéfica, administrar as diferenças com responsabilidade e impulsionar as relações entre a China e os EUA rumo ao caminho certo do desenvolvimento saudável e estável, em benefício do povo da China, dos Estados Unidos e de todos os países do mundo. 

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