É "pensamento ilusório" de Washington de tratar a China como um adversário e um parceiro ao mesmo tempo, disse Peter Beinart, professor de jornalismo e ciência política na Universidade da Cidade de Nova York, em uma recente reportagem do The New York Times, pedindo ao governo dos EUA que priorize a cooperação com Beijing.
Resumindo a política e o engajamento do governo do presidente Biden com a China, o especialista em política externa americana assinalou que os Estados Unidos querem "trabalhar com a China para enfrentar desafios comuns enquanto competem em uma posição de força".
No entanto, "isso é um pensamento ilusório; os dois objetivos colidem", observou ele, acrescentando que "é apenas através de uma cooperação muito mais profunda que os Estados Unidos podem abordar o que mais ameaça os americanos".
Na opinião do professor e comentarista, a cooperação EUA-China pode ajudar a enfrentar questões cruciais como mudanças climáticas, desenvolvimento de tecnologias verdes e a pandemia da COVID-19.
"As verdades inconvenientes do mundo atual exigem uma cooperação muito maior entre Washington e Beijing", disse ele.
Infelizmente, essa cooperação não é compatível com o crescente antagonismo nos Estados Unidos, indicou Beinart, instando Washington a fazer uma escolha entre "os falcões que querem tratar a China como um inimigo, enquanto progressistas estão ansiosos para tomar ações dramáticas para evitar catástrofes climáticas e de saúde pública".