O conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, conversou por telefone com a ministra das Relações Exteriores do Panamá, Erika Mouynes, nesta terça-feira.
Wang disse que a China vê o Panamá como um parceiro igual para a cooperação estratégica e coloca o país em uma posição importante na diplomacia chinesa em relação à América Latina.
O estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e o Panamá, segundo o diplomata chinês de alto escalão, foi uma decisão certa e é de interesse fundamental e de longo prazo de ambos os países, capaz de resistir aos testes do tempo e da história.
A China aprecia a adesão do Panamá ao princípio de Uma Só China, a base política dos laços bilaterais, comentou.
Wang disse que a China, como boa amiga e boa parceira do Panamá, continuará a apoiar os esforços do país para defender seus interesses e direitos legítimos no cenário internacional, incluindo a soberania do Panamá sobre o Canal.
A cooperação China-Panamá consiste na cooperação Sul-Sul e é apoio e assistência mútuos entre os países em desenvolvimento, visando o desenvolvimento e a prosperidade comuns, continuou Wang, enfatizando que a China nunca teve considerações geopolíticas na América Latina.
Um importante centro logístico no Hemisfério Ocidental, o Panamá também está entre o primeiro grupo de países latino-americanos a participar da construção conjunta do Cinturão e Rota, observou Wang
A China tornou-se a maior parceira comercial do Panamá, à medida que o volume comercial bilateral aumentou 27,2% e a exportação do Panamá para a China saltou 187% nos primeiros 10 meses deste ano, disse Wang.
Os dois lados, sugeriu ele, devem fortalecer o acoplamento das estratégias de desenvolvimento, promover a cooperação prática e ajudar no desenvolvimento e revitalização de ambos os países.
A China, prometeu o diplomata chinês, também está disposta a fortalecer a coordenação com o Panamá em mecanismos multilaterais, como as Nações Unidas e o Fórum China-CELAC, impulsionar o desenvolvimento da ordem internacional a uma direção mais justa e racional e salvaguardar melhor os direitos e interesses dos países em desenvolvimento, especialmente os países de pequeno e médio porte.
Mouynes, por sua vez, disse que o estabelecimento de relações diplomáticas entre o Panamá e a China há quatro anos foi, sem dúvida, uma decisão certa, sublinhando que a China tornou-se uma importante parceira estratégica do Panamá e da América Latina em geral.
Observando que as relações Panamá-China têm amplas perspectivas com grande potencial e espaço para cooperação, Mouynes disse que seu país segue firmemente uma política amigável em relação à China, respeita o princípio de Uma Só China e espera fortalecer ainda mais as relações bilaterais com o país asiático, ao mesmo tempo em que aprofunda a cooperação prática em campos como economia e comércio, bem como logística.
O governo panamenho anunciou que o Ano Novo Lunar chinês será designado como um feriado nacional a partir de 2022, e as celebrações da Festa da Primavera serão incluídas no plano de promoção do turismo internacional no país, o que demonstra plenamente a vontade do Panamá de promover ainda mais a cultura chinesa, de acordo com a ministra.
O Panamá também está disposto a fortalecer a cooperação com a China em organizações regionais e sub-regionais latino-americanas.
