Em julho e outubro deste ano, os satélites da Starlink, lançados pela SpaceX, abordaram a estação espacial chinesa por duas vezes, ameaçando a integridade dos astronautas chineses em órbita, despertando a apreensão generalizada junto das audiências chinesas.
É relatado que quando um satélite orbita a Terra ao longo de uma órbita elíptica, haverá apogeu e perigeu. Quando a faixa de altitude das duas órbitas da espaçonave se sobrepõe, após um longo tempo de operação, existe o risco de aproximação ou mesmo colisão. A altura orbital normal de funções dos satélites da Starlink dos EUA é de mais de 500 quilômetros, não havendo sobreposição com a faixa de altura orbital da estação espacial chinesa.
Nesse sentido, Yang Yuguang, vice-presidente do Comitê de Transporte Espacial da Federação Astronáutica Internacional, acredita que a redução da órbita do satélite Starlink dos EUA é uma situação anormal. "Quanto a saber se a falha ocorreu ou não intencionalmente, não podemos prever, mas é muito irresponsável mudar a pista sem notificar as partes relevantes atempadamente".
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, também enfatizou em uma coletiva de imprensa no dia 28 que a exploração e o uso pacífico do espaço sideral é a causa comum de toda a humanidade. A China sempre usou o espaço sideral pacificamente com o espírito de beneficiar toda a humanidade. Os Estados Unidos devem respeitar a ordem internacional do espaço sideral com base no direito internacional, tomar medidas imediatas para evitar que tais incidentes ocorram novamente e adotar uma atitude responsável para manter a segurança dos astronautas em órbita e a operação segura e estável das instalações espaciais.
Com o desenvolvimento da tecnologia aeroespacial até hoje, existem muitos satélites em funcionamento no espaço, incluindo alguns que ultrapassaram sua vida útil e detritos gerados por colisões entre satélites e outros objetos. A garantia da segurança dos astronautas em órbita tem vindo a atrair cada vez mais atenção.
Yang Yuguang apontou que existem já mecanismos relativamente maduros para garantir a coordenação de radiofrequência e a coordenação da posição orbital dos satélites em órbita geossíncrona no mundo. No entanto, os satélites de órbita baixa operam em uma velocidade rápida e em um grande número. Como evitar colisões é ainda uma questão muito séria e um problema que precisa ser resolvido com urgência.
Segundo relatos, quando o satélite Starlink-2305 se aproximou da estação espacial da China em 21 de outubro, o aparelho estava em um estado de manobra em órbita contínua, a estratégia de manobra era desconhecida e o erro de órbita não podia ser avaliado.
Nesse sentido, Yang Yuguang destacou que a previsão da órbita não é difícil, pois atualmente os países estão em constante coordenação e comunicação, tentando estabelecer mecanismos para evitar colisões desnecessárias e perigosas no espaço.
No momento, a Space X lançou mais de 1.000 satélites Starlink, causando um sério impacto nas observações astronômicas. Muitos astrônomos usando telescópios ópticos têm protestado fortemente.
Yang Yuguang enfatizou que o espaço sideral é um recurso precioso compartilhado por toda a humanidade e que deve ser valorizado e mantido em conjunto, algo reconhecido no mundo todo, e nenhum país deve ser uma exceção.