A China e cinco países da Ásia Central prometeram nesta terça-feira construir uma comunidade ainda mais próxima com um futuro compartilhado, quando o presidente chinês, Xi Jinping, presidiu uma cúpula virtual em comemoração ao 30º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e estas nações.
Como a primeira grande atividade diplomática da China envolvendo a Ásia Central este ano, a cúpula contou com a presença dos líderes do Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão, Turcomenistão e Uzbequistão.
"Não importa como o cenário internacional possa evoluir ou quão desenvolvida a China possa estar, a China sempre permanecerá um bom vizinho, um bom parceiro, um bom amigo e um bom irmão em quem os países da Ásia Central podem confiar e contar", disse Xi, reafirmando o compromisso da China com a região.
LAÇOS MODELO
Saudando o desenvolvimento das relações China-Ásia Central nas últimas três décadas como "um bom exemplo para fomentar um novo tipo de relações internacionais", Xi destacou que as chaves para a cooperação bem-sucedida são respeito mútuo, amizade de boa vizinhança, solidariedade nos tempos difíceis e benefício mútuo.
Os líderes dos cinco países da Ásia Central elogiaram os resultados frutíferos da cooperação com a China e louvaram o desenvolvimento das relações entre os países da Ásia Central e a China, que não só promoveu o respectivo desenvolvimento e prosperidade, como também salvaguardou efetivamente a paz e a estabilidade regionais.
Li Yongquan, chefe da Sociedade Chinesa para Estudos da Rússia, Europa Oriental e Ásia Central, observou que, desde o estabelecimento das relações diplomáticas, a China sempre tratou os cinco países da Ásia Central de forma igual e realizou cooperação prática para ajudá-los a resolverem seus problemas mais urgentes.
Ambos os lados declararam que consideraram a cúpula como um marco significativo.
Por ocasião do 30º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas, os chefes de Estado dos seis países revisaram o passado, resumiram suas experiências, discutiram a cooperação e chegaram a muitos consensos importantes, que darão um novo impulso ao desenvolvimento futuro das relações, revelou à mídia após a cúpula Le Yucheng, vice-ministro das Relações Exteriores chinês.
COMUNIDADE MAIS PRÓXIMA COM FUTURO COMPARTILHADO
"A China está pronta para trabalhar com os países da Ásia Central para tirar partido da boa dinâmica e se esforçar lado a lado para construir uma comunidade China-Ásia Central ainda mais próxima com um futuro compartilhado", afirmou Xi em seu discurso, fazendo algumas propostas para realizar o objetivo.
Ele anunciou que a China continuará a fornecer vacinas e suprimentos antiepidêmicos aos países da Ásia Central e intensificará a produção conjunta e a transferência de tecnologias em relação às vacinas e medicamentos contra a COVID-19.
Em 2022, a nação fornecerá 50 milhões de doses adicionais de vacinas como ajuda aos países da Ásia Central e estabelecerá centros de medicina tradicional onde necessário, acrescentou Xi.
Os líderes da Ásia Central disseram que trabalharão com a China "juntos por um futuro compartilhado", ecoando o lema dos Jogos Olímpicos de Inverno de Beijing 2022, e que esperam ansiosamente para participar da cerimônia de abertura do evento esportivo na próxima semana.
COOPERAÇÃO DE ALTA QUALIDADE
O comércio entre a China e os países da Ásia Central cresceu mais de 100 vezes nos últimos 30 anos e os estoques de investimento direto da China nos cinco países ultrapassaram US$ 14 bilhões, anunciou o Ministério do Comércio chinês em 17 de janeiro.
Analistas disseram que a complementaridade entre a economia da China e as economias dos cinco países oferece enorme espaço e potencial para eles expandirem sua cooperação pragmática.
Em seu discurso, Xi sugeriu que os dois lados devem acelerar a cooperação de alta qualidade e fortalecer a cooperação na inteligência artificial, big data, computação em nuvem e outros setores de alta tecnologia.
De acordo com um comunicado conjunto divulgado após a cúpula, a China e os países da Ásia Central concordaram em reforçar a acoplagem da Iniciativa do Cinturão e Rota com as próprias estratégias de desenvolvimento dos cinco países.
"Acredito que a cúpula abrirá amplas perspectivas para a Ásia Central e a China intensificarem sua cooperação pragmática", disse Yerlan Madiev, especialista do Instituto de Economia e Política Mundial do Cazaquistão.
