A Assembleia Geral das Nações Unidas se reunirá em uma sessão especial de emergência na segunda-feira para discutir a crise na Ucrânia.

O Conselho de Segurança (CS), composto por 15 membros, votou a favor na sessão de emergência no domingo. Será a 11ª sessão de emergência do CS desde 1956.

A votação do conselho é processual, por isso a Rússia não pôde vetá-la. A resolução de convocação da sessão foi aprovada com 11 votos a favor. A Rússia votou contra. China, Índia e Emirados Árabes Unidos se abstiveram.

Zhang Jun, representante permanente da China na ONU, reiterou a posição da China sobre a crise na Ucrânia e alertou que qualquer ação tomada pela ONU deve ajudar a acalmar a situação e facilitar soluções diplomáticas.

"Atualmente, estamos testemunhando mudanças dramáticas na situação da Ucrânia. A China em muitas ocasiões deixou clara sua posição sobre a questão da Ucrânia, e essa posição permanece inalterada", disse Zhang após a votação.

"Acreditamos que a principal prioridade agora é que todas as partes exerçam a contenção necessária para evitar que a situação na Ucrânia piore. A China apoia e encoraja todos os esforços diplomáticos para uma resolução pacífica da crise na Ucrânia e abraça diálogos e negociações diretas entre a Rússia e a Ucrânia o mais cedo possível", afirmou.

Ao mesmo tempo, prosseguiu Zhang, "a China apoia também o lado europeu e a Rússia na condução de um diálogo de igualdade sobre questões de segurança europeias e na defesa do princípio da segurança indivisível, de modo a formar um mecanismo de segurança europeu equilibrado, eficaz e sustentável".

Zhang enfatizou que a China acredita que o Conselho de Segurança deve "dar prioridade à paz, estabilidade regional e à segurança universal de todos os países e desempenhar um papel construtivo na resolução da questão da Ucrânia".

"As ações tomadas pela ONU devem ajudar a acalmar a situação, facilitar soluções diplomáticas e conter o agravamento das tensões", disse.

A sessão especial de segunda-feira deve dar a todos os 193 membros do órgão a oportunidade de expressar suas opiniões sobre a operação militar russa na Ucrânia.

A última sessão de emergência foi em 1997, quando Israel construiu um assentamento habitacional em Jerusalém Oriental.