A Agência da ONU para Refugiados informou que mais de meio milhão de pessoas já cruzaram as fronteiras internacionais, principalmente em direção à Polônia. Pelo menos 160.000 pessoas foram deslocadas internamente.
As Nações Unidas e seus parceiros estão se preparando para intensificar as operações humanitárias na Ucrânia, assim que a situação de segurança permitir, segundo um porta-voz da ONU na segunda-feira.
Organizações locais da sociedade civil e voluntários estão na linha da frente fornecendo apoio a todos os necessitados, incluindo desabrigados internos, afetados pela violência e pessoas que tentam cruzar fronteiras, disse Stephane Dujarric, porta-voz principal do secretário-geral da ONU, António Guterres.
"Nossos colegas estão nos dizendo que dias de intensos confrontos em partes da Ucrânia causaram baixas civis e danos infraestruturais críticos, com graves consequências humanitárias", afirmou. “Os danos nas estradas e a insegurança interromperam as cadeias de suprimentos locais e o acesso a alimentos e outros itens básicos”.
O porta-voz disse que a Agência da ONU para Refugiados informou que mais de meio milhão de pessoas já cruzaram fronteiras internacionais, principalmente em direção à Polônia. Pelo menos 160.000 foram deslocados internamente.
"Nossos colegas humanitários também estão alertando que o conflito cada vez mais intenso ameaça desencadear uma catástrofe humanitária na Ucrânia e nos países vizinhos", disse Dujarric.
Ele afirmou que o Programa Mundial de Alimentos (PAM) está lançando uma operação de emergência de três meses na Ucrânia para fornecer assistência alimentar às pessoas que fogem do conflito. O PMA está de prontidão para ajudar os refugiados nos países vizinhos, conforme solicitado.
Equipes do PAM estão no terreno, na capital ucraniana de Kiev, e em vários países vizinhos, liderando os clusters de telecomunicações e logística de emergência em nome da comunidade humanitária da ONU, disse.
O PMA alerta ainda que a bacia do Mar Negro é uma das áreas mais importantes do mundo para a produção de grãos e agricultura e que o impacto do conflito na segurança alimentar provavelmente será sentido além das fronteiras da Ucrânia, disse Dujarric.