O secretário-geral da ONU, António Guterres, é contra a discriminação dirigida a alguns estrangeiros que tentaram fugir dos combates na Ucrânia, disse o seu porta-voz nesta terça-feira.
"O secretário-geral repudia veementemente, sob qualquer forma, toda a discriminação baseada em raça, religião e etnia, no contexto deste conflito, bem como em termos de tratamento de pessoas que tentam deixar a Ucrânia para buscar refúgio em outro país", disse Stephane Dujarric, porta-voz de Guterres.
A declaração seguiu-se a relatos de alguns cidadãos de outros países, como estudantes e trabalhadores da África e da Ásia, cujos acomodação e transporte para fora da Ucrânia foram negados.
Em Genebra, o subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários e Coordenador de Assistência de Emergência, Martin Griffiths, disse que os doadores prometeram US$1,5 bilhão para os US$1,7 bilhão recolhidos em apoio às vítimas dos combates na Ucrânia.
Apesar dos combates, funcionários da ONU ainda permanecem e entregam ajuda humanitária no país, disse o porta-voz.
Ele disse aos repórteres em um briefing regular que o número de funcionários na Ucrânia permaneceu aproximadamente o mesmo que foi relatado na semana passada - cerca de 1.500 - com algumas mudanças de funcionários dentro e fora da Ucrânia.
As linhas de comunicação do organismo mundial com os funcionários permanecem abertas, disse Dujarric.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância e seus parceiros estão se mobilizando para tratar os danos mentais e emocionais causados pelo conflito, e os primeiros carregamentos do Programa Mundial de Alimentos estão a caminho da Turquia para a Ucrânia, disse o porta-voz.
A Agência da ONU para os Refugiados entregou seu primeiro caminhão de materiais domésticos ao centro da Ucrânia para famílias em abrigos de evacuação e outros necessitados, acrescentou.