Chang Qin e Kou Jiangze, Diário do Povo
Em outubro de 2021, a China anunciou o estabelecimento oficial do primeiro lote de parques nacionais de pandas, tigres e leopardos. Hoje, nas vastas montanhas e florestas do Parque Nacional do Tigre e Leopardo do Nordeste, há mais veados, bandos de faisões, entre vários outros animais raros. Em meio ao verde das montanhas e águas límpidas, toma forma um belo quadro da convivência harmoniosa do homem e da natureza.
Devido a razões históricas como desmatamento, mineração e pedreiras, os habitats das populações selvagens de tigres e leopardos siberianos, amplamente distribuídos no nordeste da China, foram danificados e quase desapareceram no final da década de 1990.
Em janeiro de 2017, foi lançado o Programa Piloto para o Sistema do Parque Nacional do Tigre e Leopardo do Nordeste, e a construção piloto foi lançada oficialmente. O parque nacional abrange as províncias de Jilin e Heilongjiang, com uma área planejada de 14.065 quilômetros quadrados. Os canais de migração, áreas de reprodução, áreas de assentamento, áreas de atividade frequente, habitats potenciais e áreas de conexão de tigres e leopardos siberianos foram monitoradas e confirmadas nos últimos anos. Incluída no escopo dos parques nacionais, a área protegida quase triplicou em relação à base original.
"No ano passado, o Parque Nacional de Tigre e Leopardo do Nordeste foi oficialmente estabelecido, e deu entrada em um novo estágio de desenvolvimento. Atualmente, a ecologia do parque continua a melhorar e o número de populações de tigres e leopardos tem crescido de forma constante. A população selvagem destes animais é de 60", disse Zhao Li, diretor da Administração do Parque Nacional de Tigres e Leopardos do Nordeste.
Feng Limin, vice-diretor do Centro de Pesquisa e Monitoramento de Tigres e Leopardos do Nordeste, explica que câmeras infravermelhas nas profundezas da floresta gravam a passagem destes animais. A imagem é transmitida em tempo real pela rede, e a inteligência artificial identifica e analisa automaticamente as informações, que podem ser visualizadas no celular após alguns segundos.
Um grande número de câmeras infravermelhas no solo são usadas para monitoramento diurno e noturno, às quais se juntam observações de satélite de sensoriamento remoto no céu e voos com drones. No Parque Nacional do Tigre e Leopardo do Nordeste, o sistema integrado "céu-terra-espaço" monitora a cobertura em grande escala em tempo real. Atualmente, o sistema obteve mais de 20.000 imagens de monitoramento de tigres e leopardos, fornecendo forte suporte para proteção científica.
Feng Limin disse que, através da proteção de tigres e leopardos siberianos, o ecossistema do parque nacional foi efetivamente garantido. Com uma taxa da cobertura florestal de 97,74%, o volume de estoque aumentou para 223 milhões de metros cúbicos e a área total de restauração ecológica atingiu mais de 40.000 hectares.
Relativamente ao crescente número de tigres e leopardos siberianos selvagens na floresta, o guarda florestal Liang Fengen diz orgulhosamente: "Os tigres e leopardos vão se estabelecer aqui se a floresta estiver bem protegida".
