A pandemia da COVID-19 ainda está atingindo Hong Kong, mas a situação melhorará com os esforços conjuntos dos departamentos e agências governamentais da Região Administrativa Especial, garantiu o chefe-executivo da Autoridade Hospitalar, Tony Ko Pat-sing.
Em entrevista exclusiva à Xinhua, ele disse que a principal diferença entre a atual quinta onda de infecção por coronavírus em Hong Kong e as anteriores é que a variante Ômicron altamente transmissível agora é a cepa dominante.
Observando que a mais recente onda da COVID-19 colocou pressão sobre o sistema de saúde da região, Ko explicou que atualmente os hospitais públicos estão com falta de pessoal e não há leitos de isolamento suficientes para o número crescente de pacientes.
Apesar de enfrentar uma carga de serviço pesada, a equipe médica dos hospitais públicos está trabalhando muito e ninguém está deixando seu deve por medo de infecção, elogiou Ko.
Mais de 98% dos funcionários da Autoridade Hospitalar foram vacinados contra a COVID-19. Eles também são obrigados a fazerem testes rápidos de antígeno antes de irem trabalhar todos os dias, apontou ele.
"Fomos apoiados por todo o país nos últimos dois anos e estamos mais do que adequados em termos de equipamentos de proteção, por isso nos sentimos muito aliviados", acrescentou.
Ko disse que a Autoridade Hospitalar está tentando ao máximo reduzir a mortalidade em pacientes, os casos graves e a transmissão do vírus.
"Primeiro recrutamos colegas aposentados, enquanto convidamos médicos que trabalham em hospitais privados para se juntarem a nós para resolver a escassez de funcionários", ressaltou Ko, acrescentando que aumentou o número de hospitais públicos convertendo leitos gerais em leitos de isolamento.
Com base nas experiências bem-sucedidas da parte continental no combate à epidemia, Ko adotou uma abordagem hierárquica de diagnóstico e tratamento, designando pacientes para instalações de isolamento comunitário, hospitais de cabine móvel contra a COVID-19 construídos com o apoio do governo central e hospitais locais de acordo com a gravidade da doença.
Além disso, o governo de Hong Kong anunciou na quarta-feira que o Hospital Queen Elizabeth seria convertido em um hospital designado para pacientes com COVID-19, o que Ko disse ser muito importante.
O Queen Elizabeth é o maior hospital geral de Hong Kong e está localizado no centro da região, com um grande número de leitos para pacientes.
Ko explicou que esse arranjo pode ajudar a alcançar melhor o que os especialistas sugerem que os infectados sejam tratados em instalações médicas dedicadas, onde especialistas médicos e todos os recursos necessários estão concentrados.
"Começamos a providenciar a transferência desses pacientes de outras doenças que não COVID-19 para outros hospitais da Autoridade Hospitalar e instituições privadas, para que o Queen Elizabeth possa concentrar seus esforços no tratamento de pacientes com COVID-19", acrescentou Ko.