O presidente russo, Vladimir Putin, conversou por telefone com o presidente francês, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, no sábado e pediu que influenciassem as autoridades de Kiev para impedir "atos criminosos" de "batalhões nacionalistas" ucranianos, de acordo com o Kremlin.

Macron e Scholz pediram um cessar-fogo imediato e uma solução diplomática para o conflito na Ucrânia, afirmou o governo alemão em comunicado, observando a conversa de 75 minutos como parte dos esforços internacionais em andamento para encerrar o conflito.

Putin deu um "relato detalhado da série de conversas realizadas por videoconferência por representantes russos e ucranianos nos últimos dias", e os três líderes revisaram questões relacionadas aos acordos que estão sendo elaborados sobre a implementação das demandas russas anteriores, afirmou o Kremlin em um comunicado.

Putin informou Macron e Scholz sobre "a situação real no terreno" em resposta às questões levantadas por eles "em relação à situação humanitária no território da operação militar para proteger o Donbass", afirmou o Kremlin.

Putin citou "vários fatos de graves violações do direito internacional humanitário pelo exército e pela polícia ucranianos: assassinatos extrajudiciais de dissidentes, tomada de reféns e uso de civis como escudos humanos, implantação de armamento pesado em áreas residenciais, nas proximidades de hospitais, escolas, jardins de infância e assim por diante", de acordo com o comunicado do Kremlin.

"Os batalhões nacionalistas sabotam regularmente as operações de resgate e ameaçam os civis quando tentam evacuar", afirmou o Kremlin, acrescentando que Putin pediu a Macron e Scholz que influenciem as autoridades de Kiev para impedir tais "atos criminosos".

Os três líderes concordaram em continuar as conversas sobre questões ucranianas, afirmou o Kremlin.

Scholz conversou com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na manhã de sábado e soube da avaliação de Zelensky sobre a situação atual. Os dois concordaram em manter contato, de acordo com o comunicado alemão.