Chanceleres chinês e holandês realizam conversa telefônica

Fonte: Xinhua    16.03.2022 09h29

O conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, realizou nesta terça-feira uma conversa telefônica com o vice-primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores da Holanda, Wopke Hoekstra, durante a qual os dois trocaram sobretudo pontos de vista sobre a situação atual na Ucrânia.

Wang disse que a posição da parte chinesa é consistente e aberta, sublinhando que "os quatro deveres" propostos pelo presidente Xi Jinping são a atitude mais clara e altiva da China, e que todas as medidas tomadas pelo país se basearão neles.

Durante a cúpula virtual realizada no início deste mês com o presidente francês, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, Xi destacou que a China defende que a soberania e a integridade territorial de todos os países devem ser respeitadas, os propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas devem ser totalmente observados, as preocupações de segurança legítimas de todos os países devem ser levadas a sério e todos os esforços conducentes a uma solução pacífica da crise devem ser apoiados.

Wang indicou que a China, como país amante da paz, sempre esteve comprometida com a solução pacífica das disputas através dos meios políticos, e está disposta a trabalhar com a Holanda e outros países da União Europeia para desempenhar um papel construtivo na solução da crise ucraniana.

A comunidade internacional em geral espera que se realize um cessar-fogo o mais cedo possível, que se alivie a situação no terreno e que se evitem vítimas civis, o que também é a expectativa da China.

Assinalando que a Rússia e a Ucrânia realizaram quatro rodadas de negociações e que o avanço foi lento, Wang apontou que existe a esperança de que um cessar-fogo seja alcançado e um futuro pacífico se abra caso as negociações possam ser mantidas. Ele acrescentou que a China continuará realizando esforços a sua maneira para promover as negociações de paz.

O diplomata chinês também ressaltou que a escalada de sanções impostas pelos Estados Unidos e Europa contra a Rússia agrava as dificuldades de uma recuperação econômica mundial vacilante e inflige um dano indevido às condições de vida das pessoas de diversos países. Por isso, ele pediu que todas as partes façam mais para promover as negociações de paz e não o contrário.

Wang salientou que a máxima prioridade da comunidade internacional neste momento é lidar com uma possível crise humanitária em grande escala. Ele exaltou que a China já apresentou uma proposta de seis pontos para mitigar a situação humanitária na Ucrânia e empreendeu ações concretas: um primeiro lote de ajuda humanitária de emergência já chegou e foi distribuído e no futuro será proporcionada mais ajuda conforme seja necessário.

Enfatizando que atrás da crise ucraniana se encontra a questão da segurança da Europa, Wang explicou que a maneira de protegê-la no futuro é de interesse vital de todos os países europeus, incluindo a Holanda.

O conflito eventualmente terminará, afirmou Wang, expressando a esperança de que os países europeus possam sentar-se com a Rússia para realizar um diálogo profundo e integral e discutir a maneira de estabelecer um marco de segurança europeu equilibrado, efetivo e sustentável, em um esforço para alcançar uma estabilidade de longo prazo na Europa.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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