Uma mulher faz compras em um supermercado em Sydney, Austrália, no dia 7 de abril de 2022. (Foto por Hu Jingchen/Xinhua)
Os preços mundiais das commodities alimentares deram um salto significativo em março para atingir seus maiores níveis, à medida que o conflito entre a Rússia e a Ucrânia continua aumentando os custos de energia e causando desacelerações na cadeia de suprimentos.
O índice mensal de preços dos alimentos, divulgado sexta-feira pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), subiu 12,6 por cento, atingindo 159,3 pontos em março, em comparação com uma linha de base de 100 pontos para a média de 2014-2016 (ajustada pela inflação).
Este é de longe o maior total da história do índice, que foi lançado em sua forma atual em 1990.
Todas as cinco subcategorias do índice subiram, com os preços de grãos e cereais, o maior componente do índice subindo impressionantes 17,1 por cento. A FAO afirmou que o principal fator por trás desse aumento é que a Rússia e a Ucrânia são grandes produtores de trigo e grãos grossos, e os preços deles dispararam devido ao conflito.
Preocupações com as condições das colheitas nos Estados Unidos também foram um fator, segundo a FAO. Os preços do arroz, por sua vez, ficaram praticamente inalterados em relação a fevereiro.