A foto tirada em 30 de semtembro de 2020 mostra a área de Lujiazui, em Shanghai
A confiança dos principais bancos globais e o compromisso de longo prazo com o mercado chinês não saíram prejudicados pelo bloqueio temporário de Shanghai ou interrupções de curto prazo causadas pelo surto de Covid-19 da cidade.
Mark Wang, presidente e CEO do HSBC Bank (China) Co Ltd, disse que já detetou a rápida recuperação nas cadeias de suprimentos e a retomada ordenada da produção na cidade.
"Estamos confiantes na capacidade de Shanghai de controlar a pandemia, bem como reviver sua vitalidade comercial e econômica. A sólida base econômica da cidade, o ambiente de negócios amigável, bem como a abertura e a inclusão profundamente enraizadas nos seus genes, continuam muito atraentes para as empresas multinacionais. Portanto, o HSBC continuará em Shanghai e contribuirá para o desenvolvimento econômico da China", disse Wang.
Com base nesse compromisso, o HSBC China lançou na sexta-feira o seu negócio global de private banking em Shenzhen, com o objetivo de expandir sua presença de gestão de patrimônio na área da Grande Baía de Guangdong-Hong Kong-Macau. O negócio global de private banking irá abranger quatro cidades do continente chinês: Shanghai, Beijing, Guangzhou e Shenzhen.
Dados públicos revelaram que quase metade dos bancos estrangeiros registrados nos reguladores centrais chineses estabeleceram sua sede regional em Shanghai.
O Standard Chartered percebeu as dificuldades que as empresas, principalmente as de pequeno e micro porte, têm enfrentado devido às medidas de confinamento. O banco permitiu que pequenas e micro empresas seriamente afetadas pela pandemia atrasassem os pagamentos até um máximo de seis meses.
Enquanto isso, a sucursal do banco em Shanghai tem feito esforços contínuos para garantir a atividade de seus clientes. Por exemplo, ela produziu mais de US$ 1 milhão de cartas de indenização transfronteiriças para a Sieyuan Electric, listada em ações A, para que possa manter o comércio normal com seus parceiros de negócios no Paquistão, Zâmbia e Sri Lanka.
Considerando a China como "o mercado estratégico mais importante e de topo", o Standard Chartered se comprometeu a investir US$ 300 milhões na expansão de seus negócios relacionados à China para conseguir oportunidades decorrentes da contínua abertura do país, disse o vice-presidente executivo do banco e CEO da China, Jerry Zhang.
Também está sendo solicitada a criação de uma empresa de valores mobiliários em Beijing, disse ele.
Posicionando a China como um mercado estrategicamente importante na região da Ásia-Pacífico e globalmente, o Credit Suisse, o segundo maior banco da Suíça, acredita nas perspectivas de longo prazo da China, dada a contínua abertura do seu mercado de capitais, afirmou a CEO do banco na China, Janice Hu.
Apesar dos desafios atuais, o Credit Suisse continua recrutando na China para aumentar sua franquia, disse Hu.
Todas as suas sucursais em Shanghai estão em uma boa posição, o que pode ser atribuído ao novo modelo de trabalho que sua sede global iniciou em maio de 2021, permitindo que os funcionários trabalhassem com a máxima flexibilidade. Ao garantir a sua produtividade em um período de interrupções, o Credit Suisse se comprometeu a trabalhar com o seu parceiro de caridade na China para apoiar os esforços de ajuda à Covid-19 em Shanghai.
O Citi China anunciou que o impacto das recentes interrupções em Shanghai foi "insignificante", graças principalmente à contínua transformação digital em bancos corporativos e comerciais na China.
Desde o último surto em Shanghai, o Citi ajudou uma empresa listada no STAR Market com pagamentos internacionais urgentes. Também ajudou uma empresa multinacional com uma injeção de capital em uma subsidiária com sede em Shanghai.
Apesar das incertezas de curto prazo, o Citi está confiante no mercado financeiro chinês, onde seus clientes "querem ter cada vez mais acesso".
O banco comprometeu-se com a contratação de pelo menos 100 mulheres profissionais de tecnologia na China este ano, algumas delas no centro de tecnologia do banco em Pudong, Shanghai. A parte continental da China e Hong Kong representarão mais de 50% do recrutamento na região da Ásia-Pacífico para os negócios comerciais do Citi nos próximos três anos, disse.