O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, disse nesta sexta-feira que o Japão não deve fazer propaganda da chamada "ameaça da China" e minar a confiança mútua e a cooperação entre os países da região.
Ele fez as observações em uma coletiva de imprensa em resposta aos comentários do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, indicando que a situação na Ucrânia poderá ser replicada na Ásia Oriental.
Zhao acusou o Japão de exagerar as tensões regionais ao propagar a chamada "ameaça da China" como desculpa para aumentar sua própria força militar, o que não é propício à paz e estabilidade regional.
A questão de Taiwan é inteiramente assunto interno da China e não pode ser comparada com a situação na Ucrânia, indicou.
Ele disse que, como o Japão tem graves responsabilidades históricas para com o povo chinês, os políticos japoneses devem falar e agir com mais prudência sobre a questão de Taiwan.
O Japão deve parar imediatamente de provocar confrontação entre as grandes potências e fazer mais esforços que conduzam à paz e estabilidade na Ásia Oriental, comentou ele.
Zhao acrescentou que a China salvaguarda firmemente sua soberania territorial, seus direitos e interesses marítimos e está disposta a lidar adequadamente com as diferenças através de negociações e consultas com os países relevantes.