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Iniciativa do Cinturão e Rota injeta ímpeto e estabilidade na África francófona, dizem especialistas

Fonte: Xinhua    30.05.2022 09h17

Norbert Aime Melingui Ayissi, professor de história e economia da Universidade de Douala, fala durante uma palestra internacional em Iaundê, Camarões, no dia 26 de maio de 2022. A Iniciativa do Cinturão e Rota da China está construindo uma plataforma aberta de cooperação e injetando um impulso crescente e estabilidade no desenvolvimento dos países africanos francófonos, disseram especialistas durante a palestra internacional de três dias em Iaundê. (Xinhua/Luo Yu)

A Iniciativa do Cinturão e Rota da China está construindo uma plataforma aberta de cooperação e injetando crescente ímpeto e estabilidade no desenvolvimento dos países africanos de língua francesa, disseram especialistas durante uma palestra internacional de três dias em Iaundê, capital de Camarões.

A conferência sobre a Iniciativa do Cinturão e Rota na África francófona reuniu centenas de participantes, incluindo políticos, acadêmicos, representantes de empresas chinesas e estudantes universitários.

Wang Dong, conselheiro da Embaixada da China em Camarões, fala durante uma palestra internacional em Iaundê, Camarões, no dia 25 de maio de 2022. (Xinhua/Luo Yu)

Wang Dong, conselheiro da Embaixada da China em Camarões, disse no discurso de abertura que a Iniciativa do Cinturão e Rota visa fortalecer a conectividade global, melhorar o nível de cooperação comercial e de investimento, além de promover a cooperação internacional em capacidades de produção e fabricação de equipamentos.

Jimmy Yab, presidente do Observatório Francofono China-África, um think tank sobre as relações entre a China e a África francófona que organizou a palestra, disse que os esforços conjuntos e a cooperação mútua são as principais características da Iniciativa do Cinturão e Rota.

Os líderes dos países africanos francófonos precisam aproveitar a iniciativa para melhorar o desenvolvimento do continente, disse ele, acrescentando que a Iniciativa do Cinturão e Rota foi uma verdadeira cooperação mútua.

"Este modo de parceria não é o que vimos antes. A Iniciativa do Cinturão e Rota não é ajuda ao desenvolvimento, é cooperação entre dois parceiros, África e China, onde os parceiros se sentam na mesma mesa. A China atribui particular importância à infraestrutura porque é desenvolvimento, como dizemos em nossa região 'quando a estrada passa, o desenvolvimento segue'", disse Yab durante o colóquio.

Ronie Bertrand Nguenkwe, economista e pesquisador da Universidade de Yaounde II, disse que a contribuição da Iniciativa do Cinturão e Rota provou de forma prática que ela se baseia na cooperação, na troca de benefícios e nos interesses comuns.

"A parceria com a China é diferente em termos de abordagem, a abordagem mútua, e o fato de não sentirmos uma certa dominação na parceria, e isso é um aspecto importante para os países africanos que estão mudando, o que vimos há 50 anos não é mais o que vemos hoje", disse Nguenkwe.

A Iniciativa do Cinturão e Rota tornou-se uma plataforma popular para a cooperação internacional e tem apoiado continuamente os países africanos para melhorar a infraestrutura, disse Norbert Aime Melingui Ayissi, professor de história e economia da Universidade de Douala, especializado em cooperação para o desenvolvimento.

"Esta iniciativa dá esperança de que as coisas serão feitas de forma diferente. Os governos africanos têm que fazer todo o possível para trabalhar com a China para garantir que os objetivos do Cinturão e Rota sejam realizados", disse ele.

Louis Dominique Biakolo Komo, professor de Filosofia Africana e Comparada na Universidade de Douala, observou que a Iniciativa do Cinturão e Rota é um modo exemplar de cooperação que é inclusivo e busca desenvolver o mundo.

"É uma cooperação de um país (China) que foi vítima do imperialismo e que tem uma visão diferente do mundo que se encaixa perfeitamente com as aspirações da África", disse Komo.

Graças à sua participação na Iniciativa do Cinturão e Rota, Camarões melhorou sua infraestrutura, restaurou indústrias e gerou oportunidades de emprego, concordaram os especialistas.

Xu Huajiang, gerente-geral da divisão da África Central da China Harbour, que projetou e construiu alguns projetos importantes em Camarões, incluindo o porto de Kribi Deep Sea e a rodovia Kribi-Lolabe, disse que a globalização e a regionalização se tornaram uma tendência geral de desenvolvimento e devem ser adotadas pelos africanos países.

"Somente abertura, tolerância, inclusão e interconexão podem criar assistência e benefícios mútuos. Portanto, é necessário fortalecer a 'conectividade forte' da infraestrutura e a 'conectividade leve' das regras do sistema e promover a interconexão quatro em um de terra, mar, ar e rede", disse Xu.

O seminário, que começou na quarta-feira, discutiu cinco temas principais de cooperação econômica, desenvolvimento verde, digital, sociocultural e de segurança.

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