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Líderes africanos se reúnem para atender às crescentes necessidades humanitárias

Fonte: Xinhua    30.05.2022 15h02

Os líderes africanos se reuniram na sexta-feira em Malabo, capital da Guiné Equatorial, para enfrentar os atuais desafios humanitários do continente.

A Cúpula Humanitária Extraordinária e Conferência de Promessas da União Africana (UA) foi realizada para abordar os atuais desafios humanitários que África enfrenta, que foram exacerbados pelos impactos socioeconômicos da pandemia de COVID-19 e outros desastres, de acordo com a UA.

A reunião de sexta-feira foi convocada no âmbito da Cúpula Extraordinária da UA, que acontece de quarta-feira a sábado.

O presidente senegalês, Macky Sall, também o atual presidente da UA, disse na reunião de alto nível que as emergências humanitárias recorrentes estão ligadas às mudanças climáticas, desastres naturais e ataques terroristas, bem como conflitos armados.

O destino de milhões de refugiados e deslocados internos exige um desenvolvimento inclusivo, seguindo os princípios da justiça social, disse Sall, acrescentando que o continente africano deve ser proativo ao lidar com catástrofes humanitárias.

Sall pediu ao lançamento de um apelo de apoio à campanha de mobilização para o reforço dos recursos da Capacidade Africana de Risco (ARC) para que possa responder ainda melhor às emergências causadas por catástrofes naturais.

A ARC, uma agência especializada da UA, foi criada para ajudar os governos africanos a melhorar as suas capacidades para melhor planejar, preparar e responder a eventos climáticos extremos e desastres naturais.

Moussa Faki Mahamat, presidente da Comissão da UA, enfatizou a necessidade de agir coletivamente contra as emergências humanitárias na África.

"As emergências humanitárias na África, numerosas, diversas e geograficamente dispersas, são uma fonte permanente de preocupação", disse Mahamat na reunião.

Mahamat disse que nos 15 países membros da UA mais afetados, cerca de 113 milhões de pessoas aguardam assistência de emergência em 2022.

"O cenário não é claro", disse Mahamat. "É ainda mais desolado por dois fatores: por um lado, a aniquilação dos esforços de empoderamento dos refugiados pelo impacto da pandemia de COVID-19 e, por outro, a pressão exercida sobre o planeta Terra em nome da busca por crescimento e cujos efeitos se refletem nas mudanças climáticas manifestadas por secas prolongadas e inundações incontroláveis".

Ao sediar a cúpula humanitária, a UA demonstra sua firme determinação em continuar os seus esforços para reduzir o sofrimento dos refugiados, deslocados internos e outras pessoas afetadas no continente, disse Mahamat.

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