Conectividade acelera integração de Macau com Grande Área da Baía Guangdong-Hong Kong-Macau

Fonte: Xinhua    13.06.2022 13h08

Por volta das 8 horas da manhã durante a semana, Cheong, residente de Macau, passa menos de um minuto cruzando a fronteira para Zhuhai da vizinha Província de Guangdong através do Posto Fronteiriço de Qingmao, o quinto porto terrestre que liga a Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) com a parte continental da China.

Com procedimentos de desembaraço aduaneiro simplificados, o porto, que foi inaugurado em setembro de 2021 e opera 24 horas por dia, tem 50 canais automáticos na entrada para serviços de desembaraço de passageiros e outros 50 nas saída, com dois balcões manuais operando em cada direção.

Quase ao mesmo tempo, Ho Kok Tou, residente de Macau, dirige para trabalhar em uma empresa de tecnologia da informação localizada na ilha de Hengqin de Zhuhai, que é adjacente a Macau.

Atualmente, mais de 2 mil veículos com licenças de Macau cruzam o Posto Fronteiriço de Hengqin todos os dias graças à política que permite que os veículos licenciados em Macau cruzem a fronteira desde o final de 2016.

Desde 2017, quando foi assinado o acordo-quadro sobre o desenvolvimento da Grande Área da Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, a conectividade tem sido continuamente melhorada para ajudar Macau a se integrar melhor ao desenvolvimento geral do país.

Em setembro do ano passado, as autoridades centrais chinesas emitiram um plano para construir a zona de cooperação aprofundada Guangdong-Macau em Hengqin, tornando a ilha um novo ponto importante de crescimento para a economia de Macau.

Sheng Li, reitor associado da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade de Macau, disse à Xinhua que a conectividade de infraestrutura, representada principalmente por modernos sistemas de transportes abrangentes, é vital para a integração e desenvolvimento regional dentro da Grande Área da Baía, rica em recursos.

Em março de 2021, foi lançada a construção para estender a linha de trem leve de Macau para Hengqin. Está prevista a operação como serviços regulares de ida e volta entre os dois lados após a conclusão prevista em 2025. Também estão em andamento pesquisas para ligar Macau a Hengqin por via fluvial.

Em Hengqin, várias pontes e túneis submarinos estão em construção para melhor ligar a ilha com outras partes de Zhuhai, especialmente seu aeroporto.

Enquanto isso, Macau também está se esforçando para melhorar sua "conectividade suave" com Guangdong em termos de investimento, comércio, fluxo de pessoal e desembaraço aduaneiro.

Um novo projeto foi lançado em Hengqin para oferecer unidades residenciais e de negócios, bem como instalações de apoio aos moradores de Macau, com educação, serviços médicos e comunitários, todos conectados com os de Macau.

Uma plataforma online também foi lançada para resolver casos de arbitragem transfronteiriça sob o novo modelo de discussão mútua, construção conjunta, administração conjunta e benefícios compartilhados entre as instituições de arbitragem em Macau e Guangdong.

"A conectividade de regras e mecanismos garante a integração do mercado e o fluxo eficiente de outros elementos importantes na Grande Área da Baía", disse Sheng. "O esforço de Macau para explorar o 'maior divisor comum' de 'conectividade suave' sob diferentes sistemas pode fornecer uma referência útil para a vinculação de diferentes mecanismos de mercado."

Ho Iat Seng, chefe do Executivo da RAEM, disse em seu discurso de políticas para o ano fiscal de 2022 que o governo da RAEM irá acelerar a elaboração de políticas de apoio importantes para a construção da zona de cooperação em Hengqin, incluindo medidas especiais para relaxar o acesso ao mercado na zona, bem como uma lista do primeiro lote de itens autorizados e indústrias incentivadas.

O governo da RAEM também participará ativamente na construção do sistema legal na zona de cooperação, aprofundando o intercâmbio e a cooperação em direito e justiça com Guangdong, assim como melhorando o mecanismo de resolução de disputas, disse Ho.

Ip Kuai Peng, pró-reitor da Universidade da Cidade de Macau, disse que a construção da zona de cooperação é a prioridade máxima para Macau participar da construção da Grande Área da Baía e promover a conectividade dentro da área.

Ip disse que a conectividade significa melhorar a acessibilidade de Macau e promover inovações institucionais, de modo a facilitar a coordenação de políticas e a articulação de planos nas áreas de direito, ciência e tecnologia, finanças, negócios e vida da população dentro da Grande Área da Baía.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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