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China realiza teste de interceptação de mísseis na fase intermediária que prova confiabilidade em meio a melhorias

Fonte: Diário do Povo Online    20.06.2022 16h14

A China realizou um teste de interceptação de mísseis na fase intermediária (ABM, na sigla em inglês) com base em terra no domingo (19), com analistas dizendo que a interceptação bem-sucedida provou a confiabilidade da cobertura de mísseis antibalísticos do país asiático em um momento em que as tecnologias de mísseis balísticos e mísseis antibalísticos estão melhorando.

Realizado à noite dentro da fronteira chinesa, o teste atingiu seu objetivo desejado, anunciou o Ministério da Defesa Nacional da China em um comunicado à imprensa na noite do mesmo dia, acrescentando que o teste é de natureza defensiva e não se destina a nenhum país.

Isso marca um ano consecutivo em que a China realiza esse tipo de teste. Um teste semelhante foi realizado em fevereiro de 2021, de acordo com um anúncio do Ministério da Defesa chinês na ocasião.

O teste mais recente eleva a número de testes técnicos chineses de ABM em terra anunciados publicamente para seis. De acordo com relatos da mídia e declarações oficiais, outros testes de ABM conhecidos foram realizados em 2010, 2013, 2014, 2018 e 2021. Não foi revelado em qual fase de interceptação foi realizado o teste em 2014, já os demais foram realizados na fase intermediária.

Mais testes indicam que a capacidade de mísseis antibalísticos da China está se tornando mais confiável. Tais testes contribuem para a defesa e segurança nacional do país e servem como um impedimento contra chantagens nucleares, observou anonimamente um especialista militar chinês ao Global Times.

O vôo de um míssil balístico intercontinental geralmente consiste em três fases. A primeira é a fase de impulso, na qual o foguete impulsiona o míssil para o céu. Na segunda fase, a intermediária, o impulsor pára quando o míssil viaja para fora da atmosfera. Na terceira e última fase, ocorre a reentrada ou fase terminal em que o míssil entra novamente na atmosfera e mergulha em seu alvo.

Interceptar um míssil balístico intercontinental durante seu curso médio é muito desafiador, porque durante esta fase, o míssil, geralmente equipado com ogivas nucleares, viaja para fora da atmosfera a uma velocidade muito alta, observaram os especialistas.

É tecnicamente fácil interceptar um míssil balístico na fase de impulso porque o míssil ainda está próximo ao solo e acelerando, no entanto, é difícil chegar perto do local de lançamento que geralmente está na profundidade de um território hostil, disseram analistas, acrescentando que na fase terminal, o trabalho de intercepção também é desafiador porque a velocidade do míssil de mergulho é muito alta.

Agora que países ao redor do mundo estão desenvolvendo mísseis hipersônicos com planadores de ondas que podem ajustar suas trajetórias em pleno voo quando reentram na atmosfera, o que torna a interceptação terminal ainda mais difícil, a interceptação no meio do curso tornou-se ainda mais importante, observaram analistas.

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