Mais de 150 países chegaram a um acordo e proclamaram a "Declaração de Lisboa" com o objetivo de ampliar ações baseadas na ciência e inovadoras para enfrentar a emergência oceânica no final da Conferência dos Oceanos da ONU na última sexta-feira.
Os países concordaram em ações que vão desde o fortalecimento da coleta de dados e o reconhecimento do papel dos povos indígenas no compartilhamento de inovações e práticas até a redução das emissões de gases de efeito estufa do transporte marítimo internacional, especialmente navegação.
Eles também concordaram em promover soluções de financiamento inovadoras para alcançar economias oceânicas sustentáveis e incentivar a participação significativa de mulheres e minorias na economia oceânica.
"No futuro, será importante renovarmos nosso foco na ação oceânica, através do aprendizado mútuo", disse o subsecretário-geral da ONU para Assuntos Econômicos e Sociais e secretário-geral da conferência, Liu Zhenmin.
Na conferência, muitos países e partidos fizeram mais de 700 compromissos para transformar ideias em ação. O Protecting Our Planet Challenge, que reúne organizações filantrópicas em todo o mundo, promete investir pelo menos US$ 1 bilhão para apoiar a criação, expansão e gestão das áreas marinhas protegidas e áreas marinhas e costeiras indígenas e governadas localmente até 2030.
Portugal comprometeu-se a garantir que 100% da área marinha sob soberania ou jurisdição portuguesa seja avaliada como em Bom Estado Ambiental e classifique 30% das áreas marinhas nacionais até 2030.
"A Conferência foi um enorme sucesso", afirmou o Subsecretário-Geral para Assuntos Jurídicos e Conselheiro Jurídico das Nações Unidas, Miguel de Serpa Soares, em seu discurso de encerramento.
"Isso nos deu a oportunidade de destacar questões críticas e gerar novas ideias e compromissos. Mas também esclareceu o trabalho que resta e a necessidade de ampliar isso e aumentar a ambição para a recuperação do nosso oceano", disse ele.
Mais de 6.000 participantes, incluindo 24 Chefes de Estado e de Governo, e mais de 2.000 partes interessadas e representantes da sociedade civil participaram da conferência, defendendo ações urgentes e concretas para enfrentar a crise oceânica na conferência de cinco dias.