Brasil oferece vantagens para receber investimentos "da nova ordem geopolítica" pós pandemia, afirma ministro

Fonte: Xinhua    20.07.2022 13h36

O Brasil oferece vantagens para receber investimentos e nas relações comerciais da "nova ordem geopolítica" mundial surgida após a pandemia da COVID-19, afirmou nesta segunda-feira o ministro da Economia, Paulo Guedes.

Em um evento no Rio de Janeiro, Guedes disse que o que o Brasil está avançado em relação à maioria do mundo porque nos últimos anos tem realizado uma série de reformas estruturais que outras economias ainda não promoveram, razão pela qual está em uma situação privilegiada nesta recuperação mundial pós COVID-19.

"Cada vez que escuto que a economia brasileira não crescerá, me dá vontade de rir. Eu digo que podemos ter inflação, mas o crescimento vem agora. Enquanto lá fora, muitos não percorreram nem a metade do caminho das reformas que nós fizemos".

Outro aspecto reiterado pelo ministro, em sua fala na Comissão de Valores Monetários (CVM), foi o potencial de atrair investimentos que o Brasil tem. Ele comentou que o país já tem sinalizado 800 bilhões de reais (US$ 150 bilhões) em investimentos.

"O Brasil tem dinâmica própria de crescimento com o vigor do mercado de capitais", disse. "Esses 800 bilhões estão vindo, alguns de fora, alguns de dentro, mas vem muito mais", afirmou.

"Trilhões de dólares circulando pelo mundo precisam se reposicionar" ponderou, notando que o país poderia ser destino de parte desse volume. "Muito capital produtivo vai continuar procurando porto seguro para investimentos. Brasil vai ser a grande nação que vai receber investimentos", disse.

Para que isto ocorra, Guedes disse que devem ser cumpridos dois requisitos: o primeiro é a proximidade física de outras economias centrais e o segundo, ser um país confiável. Há que se estar perto e ser confiável. Quem é um país amigo de todo mundo, que dança com todo o mundo? Somos nós, amistosos, amigáveis e muito perto do Ocidente", frisou Guedes.

Segundo ele, a Europa precisará do Brasil para garantir sua segurança energética, enquanto a Ásia e os Estados Unidos o necessitarão para garantir sua segurança alimentar.

"O Brasil está super bem-posicionado. Não se criam histórias que coloquem o Brasil em mal lugar, que falem mal. As contas externas estão em ordem", concluiu Guedes.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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