A variante mais recente e mais transmissível de COVID-19 está impulsionando outra onda de infecções nos Estados Unidos, já que o número total de casos do país superou 90 milhões na última quinta-feira.
A contagem de casos de COVID-19 nos EUA subiu para 90.066.295, com um total de 1.025.796 mortes relacionadas, na tarde de última quinta-feira, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.
Os Estados Unidos continuam sendo o país mais atingido pela pandemia, com mais casos e mortes no mundo.
O presidente dos EUA, Joe Biden, testou positivo para COVID-19 na última quinta-feira e está apresentando "sintomas leves", afirmou a Casa Branca em comunicado.
Biden, 79 anos, está sendo tratado com o antiviral Paxlovid e está totalmente vacinado e duas vezes reforçado, segundo o comunicado.
O coordenador de COVID-19 da Casa Branca, Ashish Jha, disse que Biden está cansado, com coriza e tosse seca.
Jha disse a repórteres em uma entrevista na Casa Branca que ser totalmente vacinado e duas vezes reforçado protegeria Biden de doenças graves do COVID-19. Tomar o antiviral Paxlovid reduzirá ainda mais os riscos de resultados graves.
O diagnóstico de Biden ocorreu em meio a outra onda de COVID-19 nos Estados Unidos, que é impulsionada pela subvariante BA.5, agora a cepa de coronavírus dominante no país.
Atualmente, a subvariante mais contagiosa representa quase 80 por cento das infecções por COVID-19 nos Estados Unidos, de acordo com os dados mais recentes dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA.
Outra subvariante, BA.4, foi responsável por 12,8 por cento das novas infecções, mostraram dados do CDC.
As duas subvariantes representam mais de 90 por cento das novas infecções nos Estados Unidos.
Os casos confirmados contraídos pelas duas subvariantes continuaram aumentando desde meados de maio, mostraram os dados do CDC.
Zhang Zuofeng, presidente do Departamento de Epidemiologia da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, disse à Xinhua que as duas subvariantes são mais transmissíveis do que as variantes anteriores da Ômicron e podem escapar da proteção de vacinas e infecções anteriores com mais facilidade.
Receber doses de reforço, embora possa não impedir totalmente as pessoas de infecções, ofereceria proteção contra doenças graves, disse Zhang.
O país tem uma média de cerca de 126.000 novos casos e 350 novas mortes por dia, mostraram dados do CDC.
Enquanto os casos de COVID-19 estão disparando novamente, os estados não têm novos planos, de acordo com um relatório do Politico, uma empresa de jornalismo político.
"As estratégias para gerenciar 130.000 novos casos diários de COVID são basicamente as mesmas que eram para gerenciar 30.000 novos casos diários há quatro meses", afirmou o relatório.
Como a mais recente e mais transmissível subvariante de COVID-19 elevou o número de casos, com hospitalizações e mortes também aumentando, a resposta das autoridades estaduais foi amplamente silenciada, uma concessão à realidade de que suas mensagens raramente ressoam e que a maioria das pessoas, mesmo, e às vezes especialmente, os políticos estão prontos para seguir em frente, segundo o relatório.