Um documento de uma unidade de guerra química japonesa foi revelado pelo Salão de Exposições de Evidências de Crimes Cometidos pela Unidade 731 do Exército Imperial Japonês em Harbin, capital da província de Heilongjiang, nordeste da China, em 13 de agosto de 2022. O documento contém os nomes reais e informações pessoais de 414 membros da Unidade 516, que foi criada pelo exército japonês em maio de 1939 na cidade de Qiqihar, na província de Heilongjiang, de acordo com o salão de exposições. (Foto: Zhang/Tao Xinhua)
Um documento de uma unidade de guerra química japonesa foi revelado pela primeira vez na China na segunda-feira (15).
O documento contém os nomes reais e informações pessoais de 414 membros da Unidade 516, que foi criada pelo exército japonês em maio de 1939 na cidade de Qiqihar, na província de Heilongjiang, nordeste da China, de acordo com o Salão de Exposições de Evidências de Crimes Cometidos pela Unidade 731 do Exército Imperial Japonês em Harbin, capital de Heilongjiang.
Como o acampamento base da guerra química do Japão, a Unidade 516 desenvolveu uma série de agentes tóxicos e os usou durante a guerra.
O documento foi originalmente mantido pelo Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar japonês e depois coletado pelos Arquivos Nacionais do Japão. Uma fotocópia foi obtida por uma equipe de pesquisa do Salão de Exposições de Evidências de Crimes Cometidos pela Unidade 731 do Exército Imperial Japonês em abril de 2021.
"O arquivo de 237 páginas foi elaborado por volta de 1945, registrando em detalhes os nomes, datas de nascimento, registro de domicílio, tipos de serviço, etc., composição de pessoal, classificações e outros fatos históricos básicos dos 414 membros da Unidade 516", disse Jin Chengmin, curador do salão de exposições.
"Como a guerra bacteriológica, a guerra química do Japão foi um crime premeditado, organizado e sistemático, que violou a moralidade internacional e a consciência humana", disse Jin, acrescentando que os membros principais da unidade eram oficiais militares de alto escalão e os profissionais vinham de escolas de medicina e de hospitais do exército.
O arquivo relevante mostra que houve uma estreita cooperação entre a Unidade 516 e a Unidade 731. "O arquivo é um arquivo central extremamente importante para o estudo da guerra química e bacteriológica travada pelo Japão durante a Segunda Guerra Mundial, bem como prova concreta de crimes cometidos pelo exército japonês durante a invasão da China", observou Jin.
A Unidade 731 era uma base de pesquisa de guerra química e biológica ultra-secreta estabelecida em Harbin como o centro nervoso da guerra biológica japonesa na China e no Sudeste Asiático durante a Segunda Guerra Mundial.
Pelo menos 3.000 pessoas foram usadas para experimentos humanos pela Unidade 731, e mais de 300.000 pessoas na China foram mortas por armas biológicas do Japão.
