O Brasil registrou entre janeiro e maio deste ano a entrada de US$ 39,7 bilhões em investimentos estrangeiros diretos, maior ingresso de recursos desse tipo para o período desde 2011, segundo boletim das contas externas divulgado nesta sexta-feira pelo Banco Central (BC).
Os investimentos diretos no país representaram um crescimento de 52,1% em comparação com o mesmo período de 2021, quando alcançaram US$ 26,1 bilhões.
Em maio, a entrada líquida de recursos foi de US$ 4,5 bilhões, um aumento de 104,5% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando a cifra foi de US$ 2,2 bilhões.
No acumulado dos últimos 12 meses terminados em maio, os investimentos diretos chegaram a US$ 60 bilhões, equivalentes a 3,45% do Produto Interno Bruto (PIB).
Em todo o ano passado, os investimentos estrangeiros no país alcançaram US$ 46,441 bilhões. O BC prevê que em 2022 cheguem a US$ 55 bilhões.
Por sua vez, as contas externas do Brasil registraram um déficit de US$ 3,5 bilhões em maio, comparado a um superávit de US$ 2,5 bilhões do mesmo mês em 2021.
Entre janeiro e maio, as contas externas acumularam um déficit de US$ 15,5 bilhões, um aumento de 46,5% com relação ao mesmo período do ano passado.
Segundo o BC, o aumento do déficit das contas externas em 2022 está relacionado principalmente com uma piora da conta de serviços, devido a mais gastos no estrangeiro e da conta de ingressos, ou seja, do aumento das remessas das empresas.