Amizade de vizinhança, conectividade e desenvolvimento comum se destacam como frases-chave usadas em ambos os artigos assinados pelo presidente Xi Jinping publicados pelos principais meios de comunicação do Cazaquistão e do Uzbequistão na terça-feira (13).
Os dois artigos foram publicados antes da viagem de Xi à Ásia Central, de quarta a sexta-feira.
Xi participará da 22ª reunião do Conselho de Chefes de Estado da Organização de Cooperação de Shanghai (SCO, em inglês) em Samarcanda, Uzbequistão, e fará visitas de Estado ao Cazaquistão e ao Uzbequistão.
Este ano marca o 30º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e as duas nações da Ásia Central.
Em seu artigo para a mídia cazaque, Xi relembrou os últimos 30 anos, apontando os grandes avanços realizados com os laços bilaterais, resultados notáveis em cooperação pragmática, extensos vínculos de infraestrutura construídos entre os dois países e sua amizade florescente.
"Somos amigos e parceiros de confiança e nossos povos sempre estão lado a lado", escreveu Xi.
Ele imaginou mais trabalho em equipe das duas nações em contextos bilaterais e internacionais para impulsionar o crescimento, a segurança comum e a governança global.
A China gostaria de fazer parceria com o Cazaquistão para permanecer pioneira na cooperação da Iniciativa do Cinturão e Rota e cultivar novas fontes de crescimento, como inteligência artificial, big data, finanças digitais, comércio eletrônico e energia verde, escreveu ele.
Em seu artigo para a mídia uzbeque, Xi afirmou que as duas nações são "bons amigos compartilhando afinidade próxima", "bons parceiros buscando o desenvolvimento comum", um "bom exemplo de diálogo entre civilizações" e "bons irmãos apoiando-se mutuamente em tempos de necessidade".
O comércio bilateral ultrapassou US$ 8 bilhões no ano passado e "está a caminho de atingir a meta de US$ 10 bilhões estabelecida para 2022", observou Xi.
"Os dois países prestaram apoio mútuo em questões relativas aos interesses fundamentais um do outro, apoiaram a implementação de estratégias de desenvolvimento um do outro, aproveitaram a experiência de reforma e abertura um do outro e injetaram energia positiva no desenvolvimento regional", destacou ele.
A viagem à Ásia Central é "o evento diplomático de chefe de Estado mais importante da China antes do 20º Congresso Nacional do Partido Comunista da China", explicou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, na terça-feira.
Mao observou que tanto o Cazaquistão quanto o Uzbequistão são vizinhos amigáveis e parceiros estratégicos abrangentes da China, e são países-chave nas rotas da Iniciativa do Cinturão e Rota.
As visitas de Estado apresentarão novos projetos, metas e impulsos para os laços bilaterais da China com os dois países, mostrando que os laços bilaterais da China com ambos estão entrando em uma nova fase de desenvolvimento, acrescentou.
Xi destacou nos dois artigos o fato de que o próximo ano marca o 10º aniversário de sua apresentação da Iniciativa do Cinturão Econômico da Rota da Seda – um componente-chave da histórica Iniciativa do Cinturão e Rota – no Cazaquistão em 2013.
A BRI "tornou-se uma plataforma de cooperação internacional aberta, inclusiva e mutuamente benéfica, que promove a cooperação ganha-ganha e é um bem público global amplamente acolhido pela comunidade internacional", observou ele.
Xi pediu esforços conjuntos para colocar em prática a Iniciativa de Desenvolvimento Global – que ele propôs no ano passado e que ganhou o apoio de mais de 100 países – para dar impulso à recuperação econômica mundial.
Em seu artigo publicado no Uzbequistão, Xi também elogiou o papel do Uzbequistão como presidente da Cúpula da SCO Samarcanda este ano.
Ele expressou sua confiança de que, com os esforços conjuntos de todos os lados, a Cúpula de Samarcanda produzirá "resultados frutíferos" contribuirá para a construção de uma comunidade SCO ainda mais próxima com um futuro compartilhado e para a paz, estabilidade, desenvolvimento e prosperidade regionais.
Na cúpula da SCO, Xi trocará pontos de vista com outros líderes presentes sobre "cooperação geral dentro da estrutura da SCO, e outras grandes questões internacionais e regionais", segundo Mao, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.
O papel da SCO foi destacado para garantir a estabilidade da segurança regional e promover o desenvolvimento e a prosperidade dos países em meio a mudanças profundas na situação global e a pandemia do Covid-19, disse ela.