O ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva foi o grande ausente do segundo e penúltimo debate eleitoral entre candidatos à presidência nas eleições de 2 de outubro, organizado por um conglomerado de meios de comunicação liderado pelo canal SBT de televisão.
Líder isolado segundo todas as pesquisas eleitorais, com 47% das intenções de votos e com possibilidade de vencer no primeiro turno, segundo o Datafolha da última sexta-feira, Lula participou de um comício em uma praça de São Paulo, no horário do debate.
A ausência do candidato do Partido dos Trabalhadores foi criticada pelos demais participantes, em especial pelo atual presidente, Jair Bolsonaro, que tem 33% dos votos.
Bolsonaro aproveitou para defender sua gestão, destacando a queda nos preços dos combustíveis e da inflação e ressaltando o aumento do Auxílio Brasil, ajuda econômica concedida aos mais pobres.
Sem Lula, Bolsonaro foi o alvo dos demais candidatos principalmente de Simone Tebet, do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que tem 5% dos votos e de Soraya Thronicke, da União Brasil (2%), que criticaram os cortes do governo na saúde e na educação.
Terceiro nas preferências dos eleitores, com 7% das intenções de voto, Ciro Gomes do Partido Democrático Trabalhista (PDT) criticou o atual presidente, mas continuou batendo em Lula.
Segundo os analistas políticos, o debate foi "morno" e a audiência do SBT não superou a dos outros canais.
Como ocorre em todas as eleições no Brasil, o debate presidencial que atrai todas as atenções é o organizado pelo conglomerado liderado pela TV Globo, que este ano será no dia 29 de setembro e contará com a presença de todos os candidatos convidados.