O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, reiterou nesta quinta-feira seu compromisso de campanha de não privatizar o Banco do Brasil, maior entidade financeira da América Latina, nem dividir a Petrobras.
"Quero dizer que as empresas públicas brasileiras serão respeitadas. A Petrobras não vai ser fatiada, o Banco do Brasil não vai ser privatizado, assim como a Caixa Econômica e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco do Nordeste, que voltarão a ser bancos de investimento, inclusive para pequenos e médios empreendedores", afirmou Lula.
Em discurso no encontro com aliados no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília, onde funciona a transição de governo, o presidente eleito questionou que o país tenha meta para inflação, mas não para o crescimento econômico e repetiu que o Brasil precisa gastar mais em saúde e educação para fazer o país crescer.
Lula enfatizou também que governará para todos, mas sua prioridade serão os mais necessitados, retomando as políticas públicas de seus dois primeiros mandatos, entre 2003 e 2010.
O presidente eleito propôs uma discussão econômica mais ampla, que não leve em conta apenas a questão fiscal, mas também, a dignidade da população e a igualdade de oportunidades para os cidadãos.
"A única razão que tenho para voltar ao cargo de presidente é tentar devolver a dignidade ao nosso povo. Se, quando eu terminar o mandato, todos os brasileiros tiverem voltado a tomar café, almoçar e jantar, terei cumprido a missão de minha vida", concluiu em tom emocionado.