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China e ONU promovem nova parceria para exploração espacial

Fonte: Xinhua    22.11.2022 13h15

A China emitiu uma declaração de ação na segunda-feira delineando seu plano para promover uma maior cooperação internacional em tecnologia e exploração espacial, trabalhando com outros países e organizações internacionais no âmbito das Nações Unidas.

O documento foi emitido no 2º Seminário de Parceria Global das Nações Unidas/China de 2022 sobre Exploração e Inovação Espacial, que começou nesta segunda-feira em Haikou, capital da Província insular de Hainan, no sul do país.

O seminário, co-patrocinado pela Administração Espacial Nacional da China (CNSA, em inglês), pelo governo popular da Província de Hainan e pelo Escritório das Nações Unidas para Assuntos do Espaço Exterior (UNOOSA, em inglês), concentra-se no tema "estabelecer uma nova parceria de exploração espacial".

De acordo com a declaração de ação, a China está disposta a trabalhar com agências espaciais e organizações internacionais em todo o mundo para promover o estabelecimento de um novo tipo de parceria global em exploração e inovação espacial, com igualdade e benefício mútuo, abertura e inclusão, uso pacífico e benefício da humanidade.

A CNSA propôs a promoção da nova parceria de exploração espacial em oito áreas, incluindo ampla consulta sobre governança global, promoção da coordenação de ação, aprofundamento da cooperação de projeto, promoção do desenvolvimento inovador, compartilhamento de resultados científicos, estímulo da participação diversificada, estabelecimento de plataformas de cooperação e salvaguarda da segurança humana.

Zhang Kejian, chefe da CNSA, observou em seu discurso a importância dos esforços contínuos, inovação e adesão ao uso pacífico e ao desenvolvimento sustentável na exploração espacial.

Zhang disse que a China está disposta a trabalhar com agências espaciais e organizações internacionais em todo o mundo para promover o desenvolvimento vigoroso da indústria espacial humana no âmbito das Nações Unidas nas áreas como elaboração de regras, planejamento estratégico, realização de missões espaciais, bem como compartilhamento e aplicação de dados científicos.

Niklas Hedman, diretor interino do UNOOSA, disse que o UNOOSA está animado em ver as conquistas da China no espaço nos últimos anos. A organização planeja levar os esforços de exploração a outro nível por meio de parcerias bilaterais e multilaterais.

"No complexo campo da exploração espacial, a cooperação internacional será, sem dúvida, a melhor prática para o sucesso", disse Hedman. "Trabalhar em conjunto é crucial em uma época em que nossa dependência de ativos espaciais só se torna mais forte."

Shen Xiaoming, chefe do Partido de Hainan, disse que espaçonaves como a sonda de Marte Tianwen-1, a sonda lunar Chang'e-5 e o módulo central Tianhe da estação espacial foram todas lançadas para explorar o universo a partir de Hainan.

Shen observou que Hainan está se esforçando para construir um porto de livre comércio com características chinesas, em linha com o mais alto nível de abertura do mundo. Como parte fundamental do Porto de Livre Comércio de Hainan, a Cidade Espacial Internacional de Wenchang desfruta de um bom momento de desenvolvimento na indústria aeroespacial.

De acordo com Shen, a província insular no sul está disposta a fortalecer os intercâmbios e a cooperação com todas as partes na exploração e inovação da ciência espacial, promover a construção da Cidade Espacial Internacional de Wenchang através de plataformas internacionais e abrir novas perspectivas para a exploração e inovação espacial.

O workshop, que decorre de segunda a quinta-feira, contará com sessões sobre regras e políticas internacionais para exploração e inovação espacial, mulheres na exploração e inovação espacial, exploração espacial sustentável com foco especial na defesa planetária e proteção planetária, perspectivas e desafios na ciência espacial e exploração lunar e do espaço profundo.

Mais de 10 diretores de agências espaciais de outros países farão apresentações, e representantes de mais de 80 países e regiões participarão da reunião de forma online ou presencial.

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