O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, se reuniu na segunda-feira em Brasília com o conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, a quem informou que sua visita àquele país para um encontro com o presidente Joe Biden deve ocorrer no início de 2023.

Antes da chegada de Sullivan ao Brasil havia comentários sobre a possibilidade de Lula ir aos Estados Unidos ainda este mês, mesmo sem ter tomado posse, o que ocorrerá em 1º de janeiro.

"Recebi hoje do conselheiro de segurança norte-americano, Jake Sullivan, o convite do presidente Joe Biden para visitá-lo na Casa Branca. Estou animado para conversar com o presidente Biden e aprofundar a relação entre nossos países", afirmou Lula em uma rede social após o encontro.

Segundo o ex-chanceler Celso Amorim, o convite de Biden era para que a visita acontecesse antes da posse, mas Lula agradeceu e explicou que não seria possível viajar ainda este ano.

Amorim acrescentou que entre os temas discutidos na reunião, que foi "muito ampla", estavam desenvolvimento tecnológico, sustentabilidade e mudanças climáticas, além de temas políticos como a governança mundial e o conflito na Ucrânia.

"O presidente Lula enfatizou a necessidade de uma nova governança mundial", ressaltou o ex-chanceler, que participou da reunião, juntamente com o senador Jaques Wagner, e Fernando Haddad, que vem sendo apontado como possível ministro da Fazenda.

Pelo lado norte-americano, estiveram presentes também Juan Gonzales, assessor do governo dos EUA para América Latina; Ricardo Zúñiga, vice-secretário de Estado para assuntos de Hemisfério Ocidental e Douglas Koneff, encarregado de negócios da embaixada no Brasil.