Pelo menos 40 pessoas foram presas na terça-feira no Brasil em meio a uma grande operação contra a pornografia infantil que também se estendeu aos Estados Unidos, Argentina, Equador e Panamá, informou o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Mais de 500 policiais civis de 18 estados brasileiros participaram desta décima Operação Luz na Infância, que visa cumprir 125 mandados de busca e apreensão em todo o país relacionadas à pornografia infantil e adolescente.
"Cada estado instaurou sua investigação policial. O objetivo da operação é identificar e buscar elementos informativos vinculados ao abuso e exploração sexual infanto-juvenil, buscar as pessoas que guardam, compartilham ou, eventualmente, produzem conteúdo ilícito envolvendo cenas de abusos contra crianças e adolescentes", afirmou o coordenador do laboratório de operações cibernéticas do Ministério da Justiça, Alessandro Barreto.
Segundo ele, os principais suspeitos na operação atuam isoladamente, embora a continuação das investigações possa resultar em futuros desdobramentos, já que parte do material apreendido pode levar à identificação de outras pessoas relacionadas aos delitos.
A primeira operação Luz na Infância ocorreu em outubro de 2017 e desde então, foram cumpridos 1.923 mandados de busca e apreensão e 946 pessoas foram presas em flagrante.
Segundo a lei brasileira, as penas para as pessoas que produzem conteúdo relacionado a crimes de exploração sexual de menores vão de quatro a oito anos de prisão, enquanto para quem compartilha o material, as penas vão de três a seis anos. Quem guarda conteúdo pornográfico infantil ou juvenil pode ser condenado de um a quatro anos de prisão.