O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou nesta sexta-feira os cinco primeiros nomes de ministros de seu governo que tomará posse em 1º de janeiro.
Em uma entrevista à imprensa no Centro Cultural do Banco do Brasil, em Brasília, Lula anunciou a escolha de Fernando Haddad para a Fazenda; Mauro Vieira para Relações Exteriores; Flávio Dino para Justiça e Segurança; José Múcio para Defesa e Rui Costa para Casa Civil.
"Não temos direito de não fazer o correto e não tratar com cuidado as pessoas mais necessitadas do país. Espero que esses companheiros trabalhem porque a tarefa será difícil. Cada companheiro conhece sua responsabilidade", disse o presidente eleito.
Haddad, de 57 anos, foi ministro da Educação de 2005 a 2012, prefeito de São Paulo de 2013 a 2017, e candidato a presidente pelo Partido dos Trabalhadores (PT) de Lula em 2018.
Mauro Vieira, de 71 anos, é diplomata de carreira, foi chanceler no governo de Dilma Rousseff entre 2015 e 2016, é atual embaixador do Brasil na Croácia, já tendo também chefiado as embaixadas do Brasil na Argentina e Estados Unidos e foi representante do Brasil na ONU entre 2016 e 2020.
Ex-governador do estado do Maranhão (2015-2022) e senador eleito pelo estado, Flávio Dino, de 54 anos, é advogado e professor, já foi juiz federal, deputado federal e presidente da Embratur.
José Múcio, de 74 anos, foi deputado federal durante 5 mandatos pelo estado de Pernambuco, é ex-presidente do Tribunal de Contas de União e ex-ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais (segundo mandato de Lula).
Rui Costa, de 59 anos, economista, é governador do estado da Bahia pelo PT desde 2015.
Durante a entrevista, Lula elogiou o trabalho da equipe que coletou informações sobre o governo que está saindo e disse que foi "a transição mais democrática da história, com uma grande quantidade de voluntários".
Antes do anúncio dos ministros, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin fez um balanço do processo de transição de governo e informou que os trabalhos terminam na próxima segunda-feira, quando a equipe entregará a Lula sugestões para abolir atos decretados pelo atual governo.
"O relatório final terá um diagnóstico de cada área, alertas para os primeiros meses de governo, urgências orçamentárias, sugestões de anular atos em cada área, estrutura proposta e as ações prioritárias", disse Alckmin.
