O Banco do Brasil (BB) e o Banco Mundial anunciaram na última sexta-feira a criação de um projeto avaliado em US$ 500 milhões para financiamentos vinculados a ações de sustentabilidade e ao mercado de crédito de carbono no Brasil e ajudar o país a cumprir as metas climáticas.
Segundo o BB, a expectativa é compensar em até 90 milhões de toneladas as emissões de gás carbônico até 2030, o equivalente a cerca de 4,5% do que o Brasil precisa para cumprir os compromissos de zerar as emissões naquele ano.
O Banco Mundial emprestará US$ 400 milhões para o Banco do Brasil conceder empréstimos vinculados à sustentabilidade para empresas que querem reduzir as emissões de carbono.
Outros US$ 98 milhões se destinarão a um Fundo de Dívida Climática, que deve alavancar o capital privado para expandir o financiamento vinculado à sustentabilidade na economia em geral, enquanto os US$ 2 milhões restantes servirão para o Banco do Brasil fornecer assistência técnica para que empresas adotem planos de mitigação confiáveis e tenham acesso a mercados de crédito de carbono de alta qualidade.
Juntas, as três ações pretendem alcançar até US$ 1,4 bilhão em capital privado, tanto através da ampliação dos financiamentos verdes do Banco do Brasil, como pela conciliação de atividades públicas e de recursos de investidores privados.
Segundo o Banco Mundial, o BB foi escolhido porque concentra 60% do crédito rural no país, o que permite ampliar a concessão de linhas de crédito sustentáveis para o agronegócio.