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Chanceler chinês pede cooperação mais forte do G20 para promover multilateralismo e desenvolvimento global

Fonte: Xinhua    03.03.2023 08h27

O ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, pediu na quinta-feira aos membros do Grupo dos 20 (G20) que conduzam uma cooperação mais estreita para fortalecer o multilateralismo e promover o desenvolvimento global.

Qin fez as observações durante uma sessão da Reunião de Ministros das Relações Exteriores do G20 realizada de 1 a 2 de março em Nova Déli, capital da Índia, que detém a presidência do bloco este ano.

Em seu discurso, o ministro das Relações Exteriores da China pediu aos membros do G20 que se comprometam com o multilateralismo, a construção de consenso, a globalização e a implementação dos resultados da Cúpula do G20 em Bali, realizada em novembro de 2022.

Qin disse que diante de uma situação internacional volátil e desafios globais crescentes, o G20 deve aumentar a cooperação e contribuir com sua parcela para o desenvolvimento e prosperidade globais.

Os membros do G20 precisam praticar o verdadeiro multilateralismo, defender o sistema internacional centrado na ONU e a ordem internacional baseada no direito internacional e observar as normas básicas das relações internacionais sustentadas pelos propósitos e princípios da Carta da ONU, apontou.

Ele destacou os princípios do diálogo em pé de igualdade e da construção de consenso por meio de consultas ao lidar com assuntos globais.

"Ninguém deve se envolver em política de poder ou mesmo em confrontação entre blocos", observou Qin.

Os membros do G20 devem promover o desenvolvimento da globalização, rejeitar o unilateralismo e o protecionismo e garantir o bom funcionamento das cadeias industriais e de suprimentos globais, salientou Qin.

Ele pediu esforços para tornar o desenvolvimento global "mais inclusivo, resiliente e benéfico para todos", acrescentando que a Iniciativa de Desenvolvimento Global proposta pela China oferece uma nova opção para intensificar a implementação da Agenda 2030 da ONU para o Desenvolvimento Sustentável.

Para implementar melhor os resultados da Cúpula de Bali, Qin pediu o fortalecimento da coordenação da política macroeconômica, salvaguardando a segurança alimentar e energética, melhorando a governança econômica global e reforçando a cooperação internacional para o desenvolvimento.

"A China suspendeu mais pagamentos do serviço da dívida do que qualquer outro membro do G20 e participou do tratamento da dívida sob a Estrutura Comum", lembrou ele.

"Esperamos que as instituições financeiras multilaterais e os credores comerciais estejam ativamente envolvidos no tratamento da dívida dos países em desenvolvimento."

Sobre a governança econômica global, Qin ressaltou que é importante concluir a 16ª Revisão Geral de Cotas do Fundo Monetário Internacional conforme programado e conduzir a revisão acionária do Banco Mundial.

A China também apoia a adesão da União Africana ao G20, expressou Qin.

Para aumentar a cooperação internacional para o desenvolvimento, os membros do G20 precisam apoiar a Cúpula de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, enfrentar o desafio climático e implementar o Quadro Global de Biodiversidade Kunming-Montreal.

"O consenso da Cúpula de Bali sobre a prevenção do tráfico transfronteiriço ilegal de resíduos deve ser implementado com seriedade", disse ele.

A China apresentou a Iniciativa de Segurança Global e emitiu um documento de posição sobre a solução política da crise na Ucrânia. "A China sempre estará do lado da paz, promoverá ativamente as negociações de paz e desempenhará um papel construtivo", garantiu Qin.

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