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Charge: "guardião dos direitos humanos" incapaz de prevenir trabalho infantil dentro de suas fronteiras

Fonte: Diário do Povo Online    13.03.2023 14h54

Desde sempre que os Estados Unidos se consideram o suposto "guardião dos direitos humanos" e sempre apontaram o dedo à situação de direitos humanos de outros países. Porém, perscrutando a situação em solo americano, é facilmente perceptível a existência de um "buraco negro".

O Departamento de Trabalho dos EUA anunciou anteriormente que sua investigação apurou que um dos maiores fornecedores de serviços de segurança alimentar e saneamento nos Estados Unidos, "Package Sanitation Services Company", empregou ilegalmente centenas de crianças na realização de trabalhos perigosos. Os menores trabalhavam durante a noite em frigoríficos, usando produtos químicos perigosos para limpar equipamentos de refrigeração, e, ocasionalmente, se machucavam.

O recurso ao trabalho infantil sempre foi um problema crônico na sociedade americana. Os Estados Unidos não ratificaram ainda a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança e foram várias vezes criticados pela Organização Internacional do Trabalho.

De acordo com o "Guardian", no ano fiscal de 2022, as violações de leis de trabalho infantil nos Estados Unidos aumentaram em 37%, sendo que ao menos 688 crianças trabalharam em condições perigosas.

Segundo dados fornecidos pela organização americana sem fins lucrativos "Farm Workers Employment Project Federation", estima-se que existam ainda entre 500.000 a 800.000 crianças trabalhando em fazendas nos Estados Unidos. A chocante questão do trabalho infantil expôs uma verdade: os Estados Unidos, que afirmam ser um "guardião dos direitos humanos", não são capazes sequer de proteger os legítimos direitos e interesses das crianças. 

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