O Ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, disse na segunda-feira que a quebra de bancos nos Estados Unidos é grave, mas acrescentou não ver risco de uma crise sistêmica na economia mundial.
Segundo Haddad, se ocorrer um cenário mais incerto, o Brasil tem espaço para permitir uma queda das taxas de juros básicas da economia.
Órgãos do setor financeiro nos Estados Unidos anunciaram recentemente o fechamento de dois bancos: o Signature Bank, com sede em Nova York, e o Silicon Valley Bank, que costumava financiar startups.
Perguntado sobre o Silicon Valley Bank, Haddad comentou que se trata de um banco regional, com uma carteira "desvinculada" do restante do sistema financeiro e acrescentou que não vislumbra um contágio semelhante ao ocorrido em 2008, com a quebra do banco Lehman Brothers.
Apesar de considerar grave a falência do Silicon Valley, o ministro da Fazenda brasileiro destacou que "ainda não vi ninguém tratar este episódio como o do Lehman Brothers".
Haddad observou que o Federal Reserve, o BC dos Estados Unidos, agiu no fim de semana e acrescentou que o presidente do Banco Central brasileiro, Roberto Campos Neto, deve analisar eventuais providências em relação aos possíveis efeitos desses eventos nas economias periféricas.