Um novo centro de proteção patromonial do Palácio Museu está a ser construído na Região Administrativa Especial de Macau, com a sua conclusão prevista para dois a três anos, segundo declarações de um responsável do Palácio Museu, em Beijing.
O centro de Macau terá duas funções principais — proteger o património cultural de Macau e conceber ofertas culturais relacionadas com o Palácio Museu, também conhecido como Cidade Proibida, de acordo com Dong Dan, vice-diretora do Departamento de Intercâmbio Internacional do Palácio Museu.
"Queremos que o nosso centro de Macau seja diferente do seu homólogo em Hong Kong, que apresenta exposições principalmente enviadas de Beijing", disse Dong.
Segundo Dong, o Palácio Museu de Hong Kong recebeu mais de 900.000 visitantes desde a sua inauguração em julho passado. O local possui uma coleção de 900 tesouros inestimáveis emprestados do Palácio Museu em Beijing, abrangendo pinturas a tinta, caligrafia, cerâmica e artefactos culturais relacionados com as famílias imperiais que habitaram a Cidade Proibida.
Dong observou também que, como as regiões administrativas especiais de Hong Kong e Macau estão próximas uma da outra, os turistas podem visitar exposições no Palácio Museu de Hong Kong e desfrutar de criações culturais relacionadas no centro de Macau.
Ele acrescentou ainda que o Palácio Museu visa divulgar a cultura chinesa através de produtos que serão expostos e vendidos no centro de Macau.
Os produtos do museu se tornaram muito populares no continente e muitos deles esgotaram rapidamente.
"Macau é um destino turístico popular. Esperamos que os visitantes de todo o mundo levem para casa os nossos produtos e aprendam sobre a cultura chinesa", acrescentou Dong em uma conferência de imprensa de apresentação dos intercâmbios internacionais na sexta-feira.
Desde o regresso de Macau à China em 1999, o Palácio Museu realizou 31 exposições na RAEM.
A mais recente foi intitulada de "Começo Auspicioso: Tradições do Festival da Primavera na cidade Proibida", uma exposição que apresentava as tradições imperiais da Dinastia Qing (1644-1911).
Para além dos intercâmbios culturais com Macau e Hong Kong, o Palácio Museu alargou a cooperação com os seus homólogos estrangeiros, demonstrando a filosofia, métodos e técnicas da arqueologia chinesa.
Xu Haifeng, diretor do Instituto Arqueológico do Palácio Museu, disse que o museu está envolvido em pesquisas arqueológicas com a Índia, Quénia, Emirados Árabes Unidos, Uzbequistão e Quirguistão desde 2014, com foco na cerâmica.
Este ano, o museu planeja lançar um novo programa de cooperação de cinco anos com a Universidade de Durham, no Reino Unido, para continuar sua participação em projetos arqueológicos na costa sul do Golfo Pérsico.
Além disso, estão em andamento negociações com o Departamento de Arqueologia da Universidade de Teerão, no Irão.
Wang Xudong, diretor do Palácio Museu, enfatizou que os projetos arqueológicos internacionais do museu são baseados em relações de amizade.
"A cooperação arqueológica é um sinal de amizade entre as nações. Podemos enriquecer a nossa cultura aprendendo com os outros e estaremos envolvidos em mais programas no exterior no futuro", disse Wang.