Yuan chinês passa a ser a segunda moeda nas reservas internacionais do Brasil

Fonte: Xinhua    03.04.2023 08h51

O yuan chinês desbancou o euro e se converteu na segunda moeda mais presente nas reservas internacionais do Brasil, segundo um relatório divulgado na última sexta-feira pelo Banco Central do Brasil, no qual se evidencia o aprofundamento dos laços econômicos entre os dois países.

Até 2018, o yuan estava praticamente ausente das reservas estrangeiras do país, com 1,10% do total e agora representa 5,37% (dados de final de 2022), superando a participação de 4,74% do euro.

O dólar continua sendo a principal moeda das reservas brasileiras, com 80,42% no final do ano passado.

No princípio deste ano, a China e o Brasil tomaram medidas para reduzir o domínio do dólar, com um acordo sobre o estabelecimento de medidas de compensação em yuan para facilitar o comércio e os investimentos bilaterais.

A China é o principal comprador de minério de ferro, soja, carne, açúcar e celulose exportados pelo Brasil.

Em seu relatório anual sobre reservas, o BC informou que não houve variações significativas na composição da carteira em relação ao ano anterior, quando se buscou diversificar suas alocações estratégicas, que incluem aumentar a aplicação em yuan e também em ouro.

As reservas internacionais totais do Brasil caíram de 362,2 bilhões de dólares no ano anterior para 324,70 bilhões de dólares em 2022, devido a uma perda de 7,45% nos rendimentos da carteira causada pelo aumento da taxa de juros nos Estados Unidos e a valorização do dólar em relação a outras moedas no período.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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