Andar de moto é um método de transporte habitual para os brasileiros, e um tom de "vermelho chinês" frequentemente chama a atenção das pessoas entre milhares de motos no país.
Um lote dessas motos com o "vermelho chinês" está saindo da linha de produção da fábrica da Chongqing Shineray Motorcycle, e em breve serão enviadas do Município de Chongqing, sudoeste da China, para o Brasil e outros países latino-americanos.
Desde 2005, a Shineray introduziu esta moto vermelha no mercado brasileiro. Com baixo custo-benefício e de alta qualidade, a moto rapidamente ganhou uma posição firme entre os consumidores locais.
"Levando em consideração os costumes culturais e as preferências de consumo dos brasileiros, introduzimos essa motocicleta de baixa emissão, que foi amplamente acolhida pela população local", disse Yang Jian, gerente-geral da Chongqing Shineray Motorcycle.
Ele acrescentou que as vendas demonstram plenamente a qualidade dos produtos. Atualmente, a participação de mercado desta moto vermelha ocupa o primeiro lugar entre todas as marcas de motocicletas de propriedade da China. Na última década, por volta de 100 mil motos foram vendidas por um ano, no valor de mais de US$ 30 milhões.
Como a primeira marca de motocicletas de propriedade chinesa no Brasil, a Shineray nunca parou de atualizar seus produtos. Yang e sua equipe fazem viagens de análise todos os anos para o Brasil e levam em consideração a topografia local, transporte e costumes dos moradores locais. Neste momento, os produtos foram atualizados para a quarta geração.
"Alguns lugares do interior brasileiro não têm o mesmo bom transporte que no centro da cidade, pois poeira e areia podem ser vistas em algumas estradas", explicou Yang, "para evitar derrapagem das bicicletas, usamos freios a disco, além disso, os frisos dos pneus também são bem projetados para atender às condições da estrada".
Como os requisitos ambientais do Brasil são muito altos, a Shineray também introduziu o próprio sistema eletrônico de injeção de combustível para uma melhor taxa de consumo de combustível, além de melhores requisitos de emissão.
Chongqing é reputada como "a cidade das motocicletas". Na década de 1990, Chongqing aproveitou suas vantagens como uma antiga base de fabricação e ganhou as oportunidades de desenvolvimento de motos domésticas, o que a transformou no maior fabricante de motos na China. A produção de motocicletas em Chongqing representa mais de 29% de todo o país.
Os últimos meses testemunharam um comércio mais frequente entre Chongqing e o Brasil. Durante os dois primeiros meses deste ano, as importações e exportações entre Chongqing e o Brasil foram avaliadas em 2,25 bilhões de yuans (US$ 327 milhões). As importações aumentaram 72,1% anualmente para 1,68 bilhão de yuans, mostram os dados alfandegários.
Após a implementação do acordo de reconhecimento mútuo do Operador Econômico Autorizado (AEO, em inglês) entre a China e o Brasil, 5 políticas preferenciais são promulgadas pelas alfândegas da China e do Brasil para mercadorias provenientes de empresas com certificação AEO uma da outra, incluindo uma menor taxa de revisão de documentos e uma menor taxa de inspeção de mercadorias importadas. Até agora, um total de 86 empresas certificadas AEO no distrito aduaneiro de Chongqing desfrutam dessas políticas preferenciais.
"Olhando para a frente, procuramos analisar ainda mais o status quo das empresas de comércio exterior no distrito aduaneiro de Chongqing e tomar medidas direcionadas para cultivar essas empresas", disse Wu Jianfeng, vice-diretor do departamento de gerenciamento e inspeção da empresa aduaneira de Chongqing, "Vamos tornar o certificado AEO acessível a mais empresas, que podem desfrutar da conveniência do comércio graças ao reconhecimento mútuo do AEO entre a China e o Brasil."
Atualmente, a Shineray está buscando explorar o mercado em outros países latino-americanos. Na República do Equador, os motos da Shineray lideraram as vendas entre as marcas de motos de propriedade chinesa. Yang Jian disse que a Shineray está desenvolvendo vários veículos de motor elétrico, para fornecer aos consumidores mais opções de produtos "made in China" no futuro.