Um funcionário do Ministério da Segurança Pública (MPS, em inglês) da China apresentou nesta quarta-feira uma representação severa e uma forte objeção aos representantes do Departamento de Justiça dos EUA e do escritório em Beijing do Departamento Federal de Investigação sobre o indiciamento da polícia chinesa nos Estados Unidos.
De acordo com um porta-voz do MPS, o Departamento de Justiça dos EUA inventou maliciosamente a chamada narrativa de "repressão transnacional", reuniu provas fabricadas e processou descaradamente 40 policiais chineses e outros funcionários do governo.
O MPS se opõe firmemente a que o lado dos EUA tenha inventado maliciosamente a chamada narrativa de "repressão transnacional" e tomado medidas de política externa visando a China sob a cobertura de uma acão legal, além de colaborar com o governo dos EUA para estigmatizar e difamar a China ao explorar o sistema judicial, disse o porta-voz.
As agências de aplicação da lei dos EUA se declararam justas, independentes e não políticas. No entanto, com base na presunção de culpa, o lado dos EUA fabricou acusações infundadas e fez três acusações consecutivas, o que prejudicou severamente os interesses legítimos dos cidadãos chineses, de acordo com o porta-voz.
Os atos das agências de aplicação da lei dos EUA expuseram a natureza maliciosa de politizar e utilizar instrumentos legais como armas, o que é contrário aos fatos básicos, à ética profissional e ao Estado de direito. O lado chinês é fortemente contra tais atos e urge o lado dos EUA a parar imediatamente a manipulação política e o bullying judicial, disse o porta-voz.
O MPS se opõe firmemente às acusações flagrantes contra policiais chineses e funcionários da administração do ciberespaço, que surgiram do nada e sem base legal e foram um ato descarado onde o verdadeiro ladrão grita "pare o ladrão", de acordo com o porta-voz.
A China sempre adere ao princípio da não interferência nos assuntos internos de outros países, observa rigorosamente as leis internacionais e respeita a soberania judicial de todos os países. Em contraste, os EUA interferem nos assuntos internos de outros países ao abusar da jurisdição extraterritorial e de braço longo, disse o porta-voz.
"Quem age como 'polícia mundial'? De quem são os agentes da lei que estão realizando operações globais de interferência e repressão? É claramente visível para a comunidade internacional. Os Estados Unidos são o próprio país a ser acusado de 'repressão transnacional'", disse o porta-voz.
"Pedimos veementemente às agências de aplicação da lei dos EUA que reconheçam a séria consequência dos processos frívolos, parem imediatamente com a difamação e rejeitem a acusação contra autoridades chinesas, tomem medidas para desfazer o impacto negativo e parem qualquer provocação e confronto, de modo a trazer a cooperação bilateral de aplicação da lei de volta aos trilhos", disse o porta-voz.
"Se os Estados Unidos se recusarem a mudar de rumo e seguirem esse caminho errado, tomaremos contramedidas resolutas e lutaremos até o fim", acrescentou o porta-voz.