Wang Wenbin, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, instou na quinta-feira os Estados Unidos, o Japão e outros membros do G7 a pararem de ser coniventes e de apoiar as forças de "independência de Taiwan", deixarem de fazer provocações e de brincar com fogo na questão de Taiwan.
Ele fez as declarações em uma coletiva de imprensa diária, em resposta a reportagens da mídia de que o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, disse que durante a cúpula do G7 o Japão compartilha a posição de que a questão de Taiwan deve ser resolvida pacificamente por meio do diálogo, enviando tal mensagem.
Segundo a mídia japonesa, os membros do G7 estão se coordenando para incluir conteúdos como "a importância da paz e da estabilidade do Estreito de Taiwan" na declaração conjunta da cúpula deste ano.
Wang lembrou que a ameaça real à paz e à estabilidade através do Estreito é a relutância das autoridades do Partido Progressista Democrata (PPD) em reconhecer o Consenso de 1992, que incorpora o princípio de Uma Só China, bem como as atividades separatistas para buscar a "independência de Taiwan" e tentativas de mudar o status quo de que ambos os lados do Estreito de Taiwan pertencem a uma mesma China.
Os Estados Unidos, o Japão e alguns países vêm debilitando e esvaziando o princípio de Uma Só China e ecoando e colaborando com as forças de "independência de Taiwan" nas dimensões política, militar e econômica. Está bastante claro que eles também são responsáveis pelas tensões no Estreito de Taiwan, segundo o porta-voz.
Para manter o Estreito de Taiwan pacífico, é essencial defender inequivocamente o princípio de Uma Só China e se opor a movimentos arriscados e provocativos das forças de "independência de Taiwan", além de conter resolutamente a conivência e o apoio estrangeiro às atividades de "independência de Taiwan", apontou Wang.
Ele sublinhou que aqueles que falam sobre a paz no Estreito de Taiwan sem mencionar a necessidade de se opor às forças de "independência de Taiwan" só encorajarão os separatistas, porque eles solicitam apoio estrangeiro para a "independência de Taiwan" e tomam medidas imprudentes, o que só pode significar maior perigo para a paz e a estabilidade através do Estreito de Taiwan.
Aqueles que falam sobre resolução pacífica da questão de Taiwan sem mencionar a necessidade de apoiar a reunificação da China estão, na verdade, tentando impedir a reunificação da China e criar uma "divisão pacífica". O povo chinês se oporá firmemente a isso, acrescentou o porta-voz.
Wang salientou que a China está comprometida em lutar pela reunificação pacífica com a maior sinceridade e o maior esforço.
A China não aceitará qualquer tentativa de ninguém ou qualquer força para conter o esforço de parar o separatismo pela "independência de Taiwan", indicou Wang, acrescentando que a China não permitirá que ninguém ou qualquer força se intrometa nos assuntos próprios da China sob o disfarce de buscar a paz.
A China insta os Estados Unidos, o Japão e outros membros do G7 a aderirem aos documentos políticos sobre suas relações bilaterais com a China, seguirem o princípio de Uma Só China, pararem de ser coniventes e de apoiar as forças de "independência de Taiwan", pararem de fazer provocações e brincar com fogo na questão de Taiwan e nunca ficarem do lado oposto de mais de 1,4 bilhão de chineses, afirmou Wang.
"Aqueles que brincam com fogo serão queimados", acrescentou.