A China é o berço do chá. De acordo com a pesquisa de especialistas arqueológicos, há registros da dinastia Zhou Ocidental(1047 a.C -771 a.C) da degustação e cozedura de folhas de chá. Foi na dinastia Han (202 a.C - 220), todavia, que o chá se foi tornando gradualmente popular. Segundo a obra seminal "Clássico do Chá", a dinastia Han criara uma classificação detalhada, na qual constava, por exemplo, o chá verde, considerado à época um produto de luxo, incluído em oferendas de tributo imperial.
Com o decorrer dos tempos, o processo de produção do chá foi sendo gradualmente aprimorado. Nas dinastias Tang (618-907) e Song (960-1279), as variedades e métodos de processamento do chá passaram a ser cada vez mais diversificados e aperfeiçoados, conferindo à infusão mais qualidade e sofisticação.
Com a intensificação do comércio internacional, a reputação do chá se espalhou gradualmente por todas as partes do mundo. Portugal foi o primeiro país da Europa a ser associado ao chá. No século XVI, os missionários portugueses tiveram o primeiro contacto com o chá no Japão e, mais tarde, seguir-se-ia o resto da Europa, através de Macau.
No século 17, o consumo do chá tornou-se cada vez mais popular na Inglaterra. Devido ao casamento entre a princesa Catarina de Portugal e o rei Carlos II da Inglaterra, o hábito do chá da tarde, já praticado à época por alguns círculos da aristocracia portuguesa, foi levado para Inglaterra, estando na origem da afamada tradição britânica.
A cultura chinesa do chá é hoje mais complexa e abrangente. A sua internacionalização constitui uma janela para conhecer a China e o seu povo. A globalização econômica permite que o chá ocupe atualmente um lugar de destaque entre os produtos que a China comercializa internacionalmente. As variedades e técnicas modernas de preparação do chá estão se tornando cada vez mais diversificadas, sendo acompanhadas pela notória exigência dos consumidores por um melhor sabor e qualidade.
