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Premiê chinês pede esforços internacionais para resolver problemas enfrentados pelos países em desenvolvimento

Fonte: Xinhua    25.06.2023 08h09

Diante da lacuna de financiamento do desenvolvimento global, a China pede que a comunidade internacional coopere sinceramente e trabalhe em conjunto para resolver os problemas dos países em desenvolvimento, especialmente dos mais vulneráveis, disse na sexta-feira o primeiro-ministro chinês, Li Qiang.

Em um discurso na cerimônia de encerramento da Cúpula para um Novo Pacto de Financiamento Global, que foi comandada pelo presidente francês, Emmanuel Macron, e contou com a participação de mais de 60 chefes de Estado, de governo e das principais organizações internacionais, Li apresentou uma proposta de três pontos para o tema.

Primeiro, promover firmemente a reforma da governança financeira global e criar um ambiente de financiamento estável para os países em desenvolvimento. A China está pronta para trabalhar com todas as partes para construir uma estrutura de governança financeira global justa e eficiente e fortalecer a coordenação da política macroeconômica internacional. O Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial e outras instituições financeiras internacionais devem implementar o consenso alcançado pelos líderes do G20, concluir uma nova rodada de reforma das cotas e dos direitos de voto e aumentar a voz dos mercados emergentes e dos países em desenvolvimento.

Segundo, construir uma parceria de desenvolvimento global e fornecer mais recursos de crescimento aos países em desenvolvimento. As nações desenvolvidas devem cumprir seriamente seus compromissos de fornecer assistência e fundos às em desenvolvimento, que por sua vez, devem reforçar sua capacidade de desenvolvimento independente. A China continuará a oferecer várias formas de apoio a outros países em desenvolvimento com medidas práticas da melhor forma dentro de suas possibilidades.

Terceiro, impulsionar firmemente a globalização econômica e o livre comércio para injetar um novo impulso de crescimento nos países em desenvolvimento. A China está pronta para trabalhar com a comunidade internacional para promover a liberalização e a facilitação do comércio e do investimento, e opor-se inequivocamente ao protecionismo comercial e à dissociação, assim como o corte das cadeias de fornecimento e industriais sob qualquer forma.

Em um mundo cheio de disputas e incertezas, Li enfatizou, a China e a Europa devem buscar um terreno comum enquanto colocam de lado as diferenças, expandir a convergência enquanto reduzem as divergências, promover uma cooperação mais criativa, lidar com a incerteza da situação internacional com a estabilidade das relações China-Europa e promover conjuntamente o desenvolvimento sustentável da humanidade.

Em seu discurso, Li observou que a China sempre atribuiu grande importância ao desenvolvimento mundial e às questões de governança global. Nos últimos anos, o presidente chinês, Xi Jinping, propôs a Iniciativa de Desenvolvimento Global, a Iniciativa de Segurança Global e a Iniciativa de Civilização Global, que repercutem amplamente na comunidade internacional.

Como um dos principais motores da economia global, a China injetou impulso contínuo em seu crescimento. Não importa como o mundo mude, a China promoverá inabalavelmente o desenvolvimento de alta qualidade, expandirá a abertura de alto nível, se alinhará às regras econômicas e comerciais internacionais de alto padrão e permitirá que outros países compartilhem as oportunidades do seu próprio desenvolvimento, garantiu Li.

Como um dos principais países responsáveis do mundo, a China implementou seriamente a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climáticas e o Acordo de Paris e fez grandes esforços para enfrentar as mudanças climáticas. Como contribuinte para o desenvolvimento global, o país forneceu importantes forças motrizes e fez grandes contribuições para a causa internacional de alívio da pobreza e desenvolvimento, acrescentou.

Os líderes na cúpula observaram que todas as partes devem trabalhar juntas para reduzir a desigualdade e a pobreza em todo o mundo, responder às mudanças climáticas, proteger a biodiversidade, resolver os problemas de dívida enfrentados pelos países em desenvolvimento e promover o desenvolvimento sustentável global.

É necessário defender o multilateralismo, respeitar as diferentes condições nacionais, coordenar a redução da pobreza, o desenvolvimento e a proteção ambiental e promover a prosperidade comum, disseram eles, destacando a importância de melhorar a governança econômica global, compartilhar responsabilidades de forma justa, promover a cooperação entre bancos de desenvolvimento e credores comerciais multilaterais e atender melhor às necessidades de financiamento do desenvolvimento dos países em desenvolvimento.

Os líderes dos países em desenvolvimento na cúpula pediram aos países desenvolvidos que cumpram seriamente seus compromissos de fornecer assistência e fundos aos países em desenvolvimento.

Na noite de quinta-feira, Li participou do jantar de trabalho da Cúpula para um Novo Pacto de Financiamento Global e fez comentários introdutórios sobre a transição energética.

Li explicou que a China promove ativamente a transição energética verde e de baixo carbono e participa de forma responsável da promoção da transição energética global e do combate às mudanças climáticas.

A China está pronta para trabalhar com outros países para forjar uma parceria global para a cooperação em energia limpa sob os princípios de benefício mútuo e responsabilidades comuns mas diferenciadas, com a inovação tecnológica sendo a principal força motriz, e construir conjuntamente um mundo limpo e belo, exaltou o primeiro-ministro chinês.

Durante a cúpula, Li também manteve discussões separadas com o secretário-geral da ONU, António Guterres, com a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, e outros.

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