A economia da China continua seu processo de recuperação, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, na quarta-feira, observando que a China continua sendo um motor importante do crescimento econômico mundial.
Wang fez as observações em uma coletiva de imprensa regular, em resposta a alguns políticos ocidentais e às preocupações levantadas pela mídia sobre a desaceleração econômica da China, nas quais alegam que poderão representar riscos para o crescimento econômico global.
No primeiro semestre deste ano, o PIB da China cresceu 5,5% em relação ao ano anterior, visivelmente mais rápido que a taxa de crescimento de 3% no ano passado, superior à taxa média de crescimento anual de 4,5% nos três anos sob a Covid-19, de acordo com Wang.
Segundo o FMI World Economic Outlook, atualizado no mês passado, a economia da China deverá crescer 5,2% e responder por um terço do crescimento global este ano, disse o porta-voz.
O desenvolvimento econômico de alta qualidade da China alcançou um progresso sólido com pontos positivos tanto na qualidade quanto na quantidade de crescimento, disse Wang, acrescentando que o consumo desempenha um papel significativamente mais robusto na condução do crescimento.
No primeiro semestre deste ano, a demanda interna representou 110,8% do crescimento econômico, 59,4 pontos percentuais acima do mesmo período do ano passado. Deste valor, a contribuição do consumo final ascendeu a 77,2 por cento - um aumento de 46,4 pontos percentuais, disse o porta-voz.
A estrutura industrial continuou a ser atualizada. Entre janeiro e julho, o investimento em indústrias de alta tecnologia aumentou 11,5% em relação ao ano anterior, e o investimento em pesquisa científica e indústrias de serviços tecnológicos aumentou 23,1% face ao ano anterior.
Wang disse que no primeiro semestre deste ano, as exportações combinadas de carros elétricos, baterias de lítio e painéis solares aumentaram 61,6% em relação a 2022.
Apesar da contração da demanda externa, as exportações da China mantiveram uma participação de mercado global geralmente estável nos primeiros sete meses deste ano. No primeiro semestre do ano, a China adicionou 78,42 gigawatts à capacidade fotovoltaica instalada, mais de metade da capacidade total de energia recém-instalada em todo o país, de acordo com Wang.
Observando que a lenta recuperação econômica mundial, combinada com inflação inabalável, turbulência financeira e aumento da pressão da dívida, representa desafios econômicos significativos para todos os países, Wang adiantou que a recuperação econômica pós-Covid-19 da China é caracterizada por um progresso ondulado, por vezes com reviravoltas.
"Os desafios são esperados. Nunca nos esquivamos deles. Em vez disso, respondemos a eles de frente. Os resultados de nossa resposta já estão aparecendo ou começando a aparecer", disse Wang.
Ultimamente, a China lançou uma série de medidas direcionadas e substanciais destinadas a promover o consumo, impulsionar o setor privado e atrair investimentos estrangeiros, as quais foram aplaudidas por investidores nacionais e estrangeiros, disse.
“Temos a confiança, as condições e a capacidade de cumprir as metas de desenvolvimento econômico e social estabelecidas para 2023 com alta qualidade, abrir perspectivas mais amplas para a economia da China e continuar sendo uma fonte de vigor para a recuperação e o crescimento econômico mundiais”, acrescentou Wang.