He Yin, Diário do Povo
Zona Piloto de Livre Comércio de Jiangsu, no leste da China. (Foto: Zhang Feng/Diário do Povo Online)
O Conselho de Estado da China emitiu recentemente uma declaração descrevendo suas diretrizes para otimizar o ambiente de investimento estrangeiro.
A declaração suscitou reações da comunidade internacional. Muitos observadores disseram que as 24 medidas delineadas no documento enfatizam questões macro e micro, "oferecem conveniências para o trabalho e vida de empresários estrangeiros na China em detalhes" e "ajudam a impulsionar a economia".
Tais comentários provaram que a China, que expandiu continuamente a sua abertura, mantém seu apelo para o resto do mundo. Apesar da ascensão do protecionismo e do impulso imprudente de "desacoplamento e quebra de cadeias" por parte de alguns países, a comunidade internacional mantém a disponibilidade para aprofundar a cooperação e compartilhar as oportunidades oferecidas pela China.
"A China continua apresentando oportunidades que não podem ser ignoradas", observou um artigo recente publicado no site da RBC Wealth Management, uma empresa de gestão de patrimônio do Canadá.
"Com seu PIB respondendo a 18 por cento do total global, pensamos que o tamanho da economia da China por si só exige atenção das multinacionais. O país tem a maior classe de renda média do mundo", escreveu o artigo, apontando uma das principais razões pelas quais as instituições estrangeiras estão aumentando o investimento na China em meio à recuperação econômica global sem brilho e ao lento investimento internacional.
Os dados indicam que a China conseguiu manter o investimento estrangeiro relativamente estável no primeiro semestre deste ano, quando o investimento estrangeiro direto (IED) na parte continental da China, em uso real, totalizou os 703,65 bilhões de yuans (US$ 96,66 bilhões). De janeiro a junho, 24 mil novas empresas estrangeiras se estabeleceram no país, o que representou um aumento de 35,7% em relação ao ano anterior.
Durante este período, o país testemunhou uma melhoria contínua na qualidade do investimento estrangeiro, com as indústrias de alta tecnologia e o setor manufatureiro de alta tecnologia registrando um crescimento de IED de 7,9% e 28,8%, respectivamente.
A China não é uma "opção", mas um destino "obrigatório", repleto de oportunidades. Essa é uma visão compartilhada entre as multinacionais, que enfatizam o compromisso de continuar alimentando e expandindo sua presença no mercado chinês.
As oportunidades oferecidas pela China decorrem dos esforços do país em promover continuamente a abertura institucional, otimizando constantemente seu ambiente de negócios orientado para o mercado, baseado em leis e internacionalizado.
Desde o início deste ano, vários departamentos chineses intensificaram esforços para garantir melhores serviços aos investimentos estrangeiros. Eles fortaleceram a comunicação regular com empresas estrangeiras e associações comerciais para resolver prontamente as dificuldades nas operações comerciais e de implementação de projetos, esforçando-se para oferecer maior comodidade aos comerciantes e investidores estrangeiros na China.
Em janeiro, o novo Catálogo de Indústrias Incentivadas para Investimento Estrangeiro da China entrou oficialmente em vigor, com um número histórico de 239 novos itens, ampliando ainda mais o escopo do investimento estrangeiro.
Em junho, a Administração Geral das Alfândegas lançou 16 novas medidas para otimizar o ambiente de negócios do país, reforçando ainda mais a confiança das entidades estrangeiras no investimento e desenvolvimento na China.
As oportunidades oferecidas pela China resultam dos esforços do país para se alinhar com as regras econômicas e comerciais internacionais de alto padrão e promover constantemente a liberalização e facilitação do comércio e do investimento.
Neste ano é assinalado o 10º aniversário da construção da zona piloto de livre comércio (FTZ) da China. Desde o estabelecimento da primeira FTZ piloto na metrópole de Shanghai, no leste da China, o país criou até agora 21 FTZs, que se tornaram um importante fator impulsionador da profunda reforma da China.
Medidas de facilitação de comércio e investimento, como a lista negativa reduzida para o investimento estrangeiro, o sistema de Janela Única para o comércio internacional e contas de livre comércio, foram testadas, exploradas e aperfeiçoadas em FTZs antes de serem aplicadas em todo o país. Até o momento, um total de 278 inovações institucionais testadas nas FTZs foram replicadas e promovidas em todo o país.
A Parceria Regional Econômica Abrangente (RCEP, na sigla inglesa) entrou em vigor, estimulando a abertura e a cooperação entre os países membros em mais áreas, em níveis mais elevados e em maior profundidade.
A China e a Singapura concluíram "negociações substanciais" sobre a atualização do acordo bilateral de livre comércio, a terceira rodada de negociações sobre a Versão 3.0 da Área de Livre Comércio (FTA) China-ASEAN foi realizada com sucesso, as negociações para um acordo bilateral de livre comércio entre China e Honduras foram lançadas e, por fim, a China e a Nicarágua concluíram as negociações para um acordo de livre comércio.
À medida que o "círculo de amigos" da China na área de livre comércio se expande continuamente, os dividendos da abertura do país beneficiarão mais países e regiões.
As oportunidades oferecidas pela China resultam também dos esforços do país para fornecer plataformas de alta qualidade para a cooperação aberta e construir pontes para empresas nacionais e estrangeiras expandirem seus mercados. Abraçando o mundo de braços abertos, a China convidou calorosamente todas as partes a compartilhar oportunidades e buscar o desenvolvimento comum.
A economia de exposições da China tem crescido desde o início deste ano. Mais de 3.300 marcas de 65 países e regiões participaram da terceira Exposição Internacional de Produtos de Consumo da China, realizada na província insular de Hainan, no sul da China.
Durante a 133ª Feira de Cantão, também conhecida como Feira de Importação e Exportação da China, realizada em Guangzhou, capital da província de Guangdong, no sul da China, US$ 21,69 bilhões em negócios de exportação foram assinados.
A terceira Exposição Econômica e Comercial China-África, realizada em Changsha, capital da província de Hunan, no centro da China, teve mais projetos de cooperaç+ão entre empresas do que nunca.
Cerca de 75 países e organizações internacionais participarão na próxima Feira Internacional da China para o Comércio de Serviços 2023 offline em nome de governos ou sedes nacionais. Mais de 1.800 empresas estão se preparando para participar de exibições off-line e on-line do evento.
Mais de 280 empresas da Fortune Global 500 e empresas líderes do setor se inscreveram para a sexta China International Import Expo.
Segundo dados divulgados pelo Kiel Institute for the World Economy, instituto de pesquisas econômicas com sede na Alemanha, a China se tornou o primeiro país do mundo a ultrapassar a marca de US$ 300 bilhões no valor mensal das exportações de bens.
Apesar da recente desaceleração da demanda das economias desenvolvidas, o comércio exterior da China manteve uma sólida tendência de crescimento estável e apresentou uma melhoria contínua em sua estrutura, exibindo forte resiliência, apontaram os analistas.
Quanto mais o mundo enfrenta os riscos derivados pelo protecionismo, mais ele precisa de disposição e capacidade para expandir continuamente a abertura. Ao promover vigorosamente a abertura de alto padrão e buscar uma economia aberta de alto nível por meio de ações mais impactantes, a China não apenas se beneficia, mas faz também contribuições valiosas para o mundo.