O 6º Fórum de Mídia do BRICS começou neste sábado na África do Sul, pedindo o fortalecimento das vozes dos países em desenvolvimento.
Cerca de 200 representantes de cerca de 100 meios de comunicação, think tanks e organizações internacionais de cerca de 30 países realizaram discussões sob o tema "BRICS e África: Fortalecendo o Diálogo de Mídia para um Futuro Compartilhado e Imparcial".
Os meios de comunicação dos países do BRICS assumem responsabilidades significativas nesta era e desfrutam de um vasto espaço para a cooperação, disse Fu Hua, presidente da Agência de Notícias Xinhua, na cerimônia de abertura do fórum.
Para promover o desenvolvimento de alta qualidade da cooperação entre os meios de comunicação do BRICS, Fu, também presidente executivo do Fórum de Mídia do BRICS, propôs promover os valores compartilhados da humanidade, avançar conjuntamente na construção de uma ordem internacional mais justa e equitativa, contar melhor as histórias do BRICS na nova era e promover conjuntamente o intercâmbio cultural e o aprendizado mútuo entre as civilizações.
Dakota Legoete, membro da Comissão Executiva Nacional do Congresso Nacional Africano, falou na abertura do fórum. "Desde sua criação em 2015, o Fórum de Mídia do BRICS se tornou uma plataforma importante para aumentar a voz dos países do BRICS", afirmou.
Enquanto alguns países tentam monopolizar o discurso internacional e armar a mídia para atacar outros Estados soberanos, os meios de comunicação do BRICS demonstraram que a mídia deve estar comprometida em promover o desenvolvimento mundial, em vez de se tornar uma ferramenta para provocar guerras, ressaltou Legoete.
Andrey Kondrashov, diretor-geral da agência de notícias russa TASS, destacou que, na última década, o fórum se tornou uma plataforma distinta e icônica para discutir a cooperação de mídia entre os Estados-membros. Ele pediu aos meios de comunicação do BRICS que colaborem no combate à desinformação e na proteção dos interesses dos países em desenvolvimento.
A mídia ocidental descreve a África como algo horrível onde a guerra, a fome e as doenças são exuberantes, alertou Elizaveta Brodskaya, primeira vice-editora-chefe do Russia Today, acrescentando que histórias divulgadas por outros meios de comunicação são rotuladas como "desinformação" quando divergem da narrativa ocidental.
José Juan Sánchez, chefe do provedor de informações financeiras e agrícolas do Brasil, CMA Group, ressaltou a importância de informações confiáveis e imparciais. "A comunicação entre os meios de comunicação do BRICS é crucial, e os países membros devem buscar o desenvolvimento sustentável nas áreas econômica, ambiental e social".
O Fórum de Mídia do BRICS tem feito contribuições significativas para ampliar a voz internacional dos Estados-membros e promover a globalização, com a paz e a cooperação sendo seus principais objetivos, exaltou Helio Doyle, presidente da Empresa de Comunicação do Brasil.
As diversas culturas das nações do BRICS enriquecem as conversas globais e a mídia do bloco defende uma nova ordem mundial inclusiva, cooperativa e justa, explicou Iqbal Surve, presidente executivo da Independent Media da África do Sul.
O fórum lança luz sobre os desafios enfrentados pelas nações em desenvolvimento, fornecendo-lhes uma plataforma para expressar suas perspectivas e aspirações, observou Surve.
O Fórum de Mídia do BRICS foi proposto pela Agência de Notícias Xinhua em 2015 e iniciado em conjunto com os principais meios de comunicação do Brasil, Rússia, Índia e África do Sul.
O 6º fórum, coorganizado pela Agência de Notícias Xinhua e pela China Energy Investment Corporation (China Energy), bem como organizações da África do Sul, visa promover a cooperação prática entre os meios de comunicação do BRICS.