As exportações da África do Sul aumentaram esta semana quando o país assinou um acordo para exportar abacates para a China.
Na terça-feira (22), a Ministra da Agricultura, Reforma Agrária e Desenvolvimento Rural da África do Sul, Thoko Didiza, assinou o acordo com o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, durante a visita de estado do presidente chinês, Xi Jinping, à África do Sul. Didiza disse estar entusiasmada com o acordo, o qual irá criar mais empregos no país e fará crescer a economia.
“Obter acesso à China é um passo vital para impulsionar um crescimento liderado pelas exportações dos abacates sul-africanos. Trata-se de um compromisso que o governo assumiu no âmbito do plano diretor de agricultura e agro-processamento”, disse Didiza.
A ministra afirmou que nos últimos anos a indústria do abacate ampliou sua área de cultivo em 4.750 hectares. Atualmente, o abacate é cultivado em uma área total de 18 mil hectares.
Didiza disse que a exportação de abacates para a China resultará na produção de mais frutas pela África do Sul, em particular abacates, e no aumento das oportunidades de emprego. "A China irá certamente se tornar um dos maiores consumidores mundiais de abacate e isso representa uma enorme oportunidade para a África do Sul", disse, argumentando que isso terá um efeito multiplicador, garantindo o crescimento do emprego e o desenvolvimento económico, especialmente nas zonas rurais onde a maioria dos abacates é produzida.
A indústria do abacate emprega mais de 15.000 pessoas no país, incluindo os trabalhadores das fazendas e na indústria de serviços.
Entretanto, a Associação dos Produtores de Citrinos da África do Sul afirmou que as exportações de citrinos para a China atingiram 477.974 toneladas métricas em 2022.
Wandile Sihlobo, economista-chefe da Câmara de Negócios Agrícolas da África do Sul, congratulou-se com a abertura do mercado chinês aos abacates provenientes da África do Sul.
"Os países do BRICS são um mercado agrícola importante, pois quando se pensa neles em termos de valor, este é um mercado que vale mais de 300 bilhões de dólares. É claro que a China é um mercado importante, responsável por dois terços dessa contribuição", afirmou.
"Queremos diversificar as nossas exportações e aprofundar o comércio com a China. Gostaríamos de assistir a uma maior abertura do mercado chinês a muito mais produtos agrícolas".
O comércio China-África do Sul protagonizou um avanço notável de 1,4 bilhão de dólares em 1998 para 56,7 bilhões de dólares em 2022, de acordo com relatos da comunicação social.