O governo brasileiro quer aumentar as exportações do país, bem como diversificá-las e ampliar os países destinatários, declarou na segunda-feira o vice-presidente, Geraldo Alckmin.
Em um evento em Brasília para lançar a Política Nacional de Cultura Exportadora (PNCE), Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, afirmou que o governo brasileiro tem o desafio de "exportar mais", além de incluir as empresas menores e a agricultura familiar no mercado internacional.
"Necessitamos agregar valor e diversificar mais, ter mais destinos", afirmou, ressaltando também a importância dos acordos comerciais na agenda exportadora. Nesse sentido, Alckmin assegurou que o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, que é negociado há mais de duas décadas, está muito perto.
"Estamos muito perto de poder assinar um acordo Mercosul-União Europeia. Isto poderia nos abrir outras possibilidades", disse Alckmin, mencionando possíveis acordos com o Canadá e Cingapura.
Alckmin enumerou os pontos necessários para desenvolver as exportações do país, como o tipo de câmbio, atualmente qualificado de "competitivo", a reforma fiscal, a agenda de desburocratização e da neoindustrialização, o desenvolvimento da logística e a agenda verde, como o mercado regulado de carbono.
Ele também destacou o resultado acumulado da balança comercial de janeiro a agosto, que teve um saldo recorde, apesar da queda dos preços das commodities.
"Estamos indo bem. Estamos batendo recorde de saldo com os preços das matérias primas lá embaixo", comentou.
No evento, a secretaria de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, disse que a ideia da PNCE é fazer com que os benefícios do comércio exterior atinjam mais empresas e regiões do país, através da institucionalização de uma rede de apoio que já está trabalhando no tema.
