Por Beatriz Cunha e Lu Yang
A Embaixada do Brasil realizou, na noite de quinta-feira (7), uma cerimônia para celebrar os 201 anos de independência do Brasil em Beijing.
O embaixador brasileiro, Marcos Galvão, juntamente com sua esposa Ana Galvão, receberam mais de 600 convidados, dentre eles diplomatas de vários países, jornalistas chineses e brasileiros, empresários e profissionais brasileiros de diversos segmentos que atuam na China.
Durante o evento, Marcos proferiu discurso enaltecendo a relação de amizade e cooperação com a China, a qual afirmou ser bem sucedida para ambos os lados.
Segundo ele, enfrentando cenários nacionais e internacionais mais ou menos complexos ao longo dos quase 50 anos de relações diplomáticas, o relacionamento bilateral entre os dois países se baseia na estabilidade e reciprocidade.
Na área econômica, o comércio e o investimento chinês vem proporcionando cooperações sustentáveis, disse o embaixador, acrescentando que, simultaneamente, o Brasil vem diversificando seus meios de cooperação com a China.
O embaixador brasileiro destacou a cooperação no desenvolvimento sustentável como instrumento de extensão das relações diplomáticas entre o Brasil e a China.
“É notável a parceria entre as empresas brasileiras e chinesas na energia limpa e veículos elétricos, já que o Brasil tem um dos conjuntos da energia mais limpa no mundo”, afirmou Marcos.
Após o discurso de Marcos, Qiu Xiaoqi, enviado do governo chinês para os assuntos sul-americanos, também proferiu discurso.
“O Brasil é um importante país em desenvolvimento e um mercado emergente, para o povo chinês, o Brasil é também um dos países mais familiares e favoritos”, disse Qiu.
O enviado chinês lembrou da visita do presidente brasileiro, Lula, em abril deste ano, e observou que, juntamente com o presidente chinês Xi Jinping, um novo futuro foi estabelecido para as relações diplomáticas entre o Brasil e a China.
“O presidente Xi Jinping e o presidente Lula abriram um novo futuro das relações bilaterais a partir da postura estratégica, apontando com dedos a direção para o desenvolvimento dos laços sino-brasileiros na condição da nova história”, disse Qiu.
A China e o Brasil celebrarão o 50º aniversário do estabelecimento das relações bilaterais no próximo ano e os dois países se encontram num ponto voltado para uma nova história, observou Qiu, acrescentando que o comércio bilateral nos primeiros sete meses deste ano atingiu quase 90 bilhões de dólares.
O enviado chinês desejou que a parceria estratégica global sino-brasileira caracterizada pela abertura, inclusão e cooperação recíproca tenha uma perspectiva brilhante.
Finalizados os discursos, e dando início à uma noite de trocas calorosas entre os convidados, Marcos Galvão e Qiu Xiaoqi fizeram um brinde com café brasileiro, numa alusão à celebração do estabelecimento das relações diplomáticas entre o Brasil e a China, em Brasília, em 1974.