O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, nesta quinta-feira, do desfile cívico-militar em comemoração à Independência do Brasil, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
Lula chegou ao desfile em carro aberto, em pé, acompanhado da primeira-dama, Janja. O presidente usava a faixa presidencial recebida em sua posse em janeiro, e Janja um vestido vermelho, cor que identifica o Partido dos Trabalhadores (PT).
O casal acenou para o público estimado em 50.000 pessoas que lotava as arquibancadas e seguiu para a tribuna de honra, com cerca de 200 lugares para autoridades.
Em um momento que marcou a diferença do desfile em relação aos anos anteriores, Lula posou de mãos dadas com o ministro da Defesa, José Múcio, e com os chefes das Forças Armadas: o comandante do Exército, Tomás Ribeiro Paiva, o comandante da Aeronáutica, Marcelo Kanitz Damasceno e o comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen.
Entre as autoridades que estiveram na tribuna de honra, estavam o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Rosa Weber, que não comparecia à cerimônia há dois anos, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, além de vários ministros.
Neste primeiro 7 de Setembro do terceiro mandato de Lula, o governo quis marcar a data fazendo uma contraposição aos desfiles de anos anteriores. Lula e equipe quiseram ressaltar a união nacional, a democracia e a relação institucional entre o poder civil e as Forças Armadas.
O desfile teve quatro eixos temáticos: paz e soberania, ciência e tecnologia, saúde e vacinação e defesa da Amazônia.
Um dos destaques foi o personagem Zé Gotinha, mascote da campanha de vacinação no país, que desfilou em cima de um carro do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal e foi aplaudido pelo público.
O desfile do 7 de Setembro teve ainda uma participação especial de tropas do Exército de origem indígena. Militares das etnias Tariano, Kuripaco, Baré, Kubeo, Yanomami e Wanano saudaram o presidente Lula em suas línguas nativas em frente à tribuna de honra.
Não houve discursos durante a cerimônia. Na noite da quarta-feira, em pronunciamento através de cadeia nacional de rádio e televisão, o presidente Lula disse que o 7 de Setembro não seria um dia "nem de ódio, nem de medo, e sim de união".
Lula defendeu, ainda, que a celebração da Independência deverá lembrar que o Brasil é "um só".